Hospitais privados de SP registraram aumento de 89% nas internações por dengue

Uma pesquisa realizada pelo SindHosp (Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios de São Paulo) entre os dias 25 de março a 7 de abril apontou que as unidades de saúde privadas do estado registraram um aumento de 89% nas internações por dengue durante o mês de março. O levantamento ouviu 97 hospitais particulares, sendo 65% da capital e da região metropolitana e 35% do interior.

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De acordo com o SindHosp, em janeiro, 66% dos hospitais privados de São Paulo registraram aumento, número que subiu para 89% em março. Conforme o levantamento, a maior parte das unidades de saúde registrou uma elevação de 5% no registro de pacientes que precisaram ser encaminhados à UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

Ainda, a duração das internações cresceu, já que 79% dos hospitais indicaram que um paciente permanece de cinco a dez dias em UTI e 80% relataram que os enfermos ficam em leitos clínicos pela mesma quantidade de tempo. Segundo a pesquisa, a dengue é mais frequente na faixa etária dos 30 a 50 anos de idade.

Neste ano, o estado de São Paulo registrou 423,4 mil casos de dengue e 424 mortes causadas pela doença, de acordo com dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde. Ainda segundo informações do órgão, o território paulista tem a maior incidência da arbovirose por habitante no País. Apesar disso, o número é menor do que o observado no ano passado, já que, apenas em março de 2024, foram identificadas 468,7 mil ocorrências da enfermidade.

Na pesquisa, também foram avaliadas as outras doenças que prevalecem nos hospitais particulares do estado. Conforme o Sindhosp, 35% das unidades de saúde registraram casos de doenças respiratórias como os mais presentes, enquanto 32% indicaram as doenças crônicas e 21% as viroses.

Em janeiro, o primeiro lugar era das viroses, com 40% dos hospitais privados indicando a enfermidade como prevalente, enquanto 25% tinham mais registros de doenças respiratórias e 17% de doenças crônicas.

Para o médico Fernando Balestrin, presidente do SindHosp, está ocorrendo uma reversão no quadro de doenças que levam a internações. “No verão, tivemos a predominância de viroses
e agora crescem as doenças respiratórias. Esse ciclo acontece sempre e a vacinação pode ajudar a mudar esse quadro”, comentou.

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