Os preços do petróleo fecharam em alta nesta sexta-feira (11), depois de uma semana particularmente agitada, impulsionados pela pressão exercida pelos Estados Unidos sobre o Irã, que poderia ter um impacto importante na oferta do ouro negro.
O preço do barril de Brent do Mar do Norte para entrega em junho subiu 2,26%, a 64,76 dólares. Enquanto isso, o americano West Texas Intermediate para entrega em maio avançou 2,38%, a 61,50 dólares.
O principal fator que influenciou a alta do dia foi que “o Irã está novamente na mira” dos americanos, comentou à AFP John Kilduff, da Again Capital.
O Irã afirmou, nesta sexta-feira, que busca um acordo “sério e justo” com os Estados Unidos sobre seu programa nuclear, às vésperas dos diálogos entre os dois países inimigos em Omã.
Estas discussões estão previstas apesar das ameaças do presidente americano, Donald Trump, de recorrer à opção militar em caso de fracasso e de novas sanções americanas dirigidas ao programa nuclear e ao setor petroleiro iraniano.
O secretário americano da Energia, Chris Wright, também declarou, nesta sexta-feira, que os Estados Unidos poderiam bloquear as exportações iranianas de petróleo para pressionar Teerã sobre seu programa nuclear, reportou a agência Reuters.
O Irã era o nono produtor mundial de petróleo cru em 2023, segundo a Agência de Informação sobre Energia dos Estados Unidos (EIA), e possui as terceiras maiores reservas comprovadas de petróleo, atrás da Venezuela e da Arábia Saudita.
Além disso, Trump ameaça qualquer país comprador do petróleo venezuelano com um aumento de 25% nas tarifas sobre todas suas mercadorias exportadas para os Estados Unidos.
“Se eliminarem as exportações iranianas e buscarem reduzir as exportações venezuelanas, (…) o panorama do petróleo ficará completamente diferente”, avalia Kilduff.
“Teríamos perdido tanta oferta que qualquer queda da demanda gerada pelas tarifas será mais que compensada por estes barris perdidos”, acrescenta.
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