Padilha diz que Jaques Wagner será relator da indicação de Galípolo

O líder do governo no Senado Federal, Jaques Wagner (PT-BA) será o relator para a sabatina de Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a presidência do Banco Central, na Comissão de Assuntos Econômicos da casa.

A informação foi confirmada pelo ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, nesta segunda-feira (02). Jaques Wagner foi orientado pelo presidente Lula a acompanhar o indicado ao BC em périplo pelo Senado, para “renovar a sua apresentação” aos parlamentares.

“O presidente Lula reforçou a orientação ao líder Jaques Wagner para acompanhar o indicado Gabriel Galípolo a fazer reuniões, seja com os líderes, seja com membros da Comissão de Assuntos Econômicos”, afirmou Padilha após uma reunião com o presidente da República, líderes e ministros.

“Tem uma primeira etapa que é a sabatina na CAE, então é focar nesse momento de apresentar mais uma vez o Galípolo. Depois vai ter uma segunda etapa, que é o plenário”, acrescentou.

Ainda segundo Padilha, a sabatina de Galípolo na CAE deve ocorrer no dia 10 de setembro, e a indicação poderá ir ao plenário no mesmo dia. A previsão do governo é de que nesta terça-feira (03) já seja feita a leitura do relatório na comissão.

Ainda assim, Padilha diz que o governo não está “desesperado ou correndo”, porque acredita que não haverá dificuldade para a validação do nome do economista por parte dos parlamentares.

Padilha também negou que o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, tenha conversado sobre antecipar sua saída. “Comigo nunca teve nenhuma conversa nesse sentido, também não tem nenhuma informação de que qualquer ministro, mesmo o da Fazenda, tenha sido procurado em relação a isso”, explicou.

O ministro da Secretaria das Relações Institucionais reforçou que a posse de Galípolo só ocorrerá ao fim do mandato do atual presidente

“Independente de quando for concluída a votação no plenário, e estamos confiantes na aprovação do nome do Gabriel Galípolo, ele só toma posse e só exerce o papel de presidente do Banco Central quando encerrar o mandato do atual presidente”, disse.

“A antecipação da sabatina ou mesmo da votação no plenário não antecipa o início do mandato do Gabriel Galípolo, mas acreditamos que é mais uma manifestação positiva da liderança do presidente Lula e do ministro Fernando Haddad da qualidade da indicação do Gabriel Galípolo em relação ao Banco Central”, concluiu Padilha.

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