Bangladesh reintroduz proibição de viajar para Israel

Bangladesh restabeleceu a menção “exceto Israel” nos passaportes, proibindo seus cidadãos de viajar para o país, informou a mídia local neste domingo (13).

Israel é uma questão controversa em Bangladesh, um país de maioria muçulmana que não o reconhece.

A frase “válido para todos os países, exceto Israel”, que estava escrita nos passaportes de Bangladesh há décadas, foi removida durante os últimos anos do mandato da primeira-ministra deposta Sheikh Hasina.

Nilima Afroze, secretária-adjunta do Ministério do Interior, disse à agência de notícias Bangladesh Sangbad Sangstha (BSS) neste domingo que as autoridades “emitiram uma diretiva na semana passada” para restaurar a designação.

“O diretor-geral do Departamento de Imigração e Passaportes foi solicitado a tomar as medidas necessárias para implementar essa mudança”, informou o jornal local The Daily Star, citando Afroze.

Em 2021, as palavras “exceto Israel” foram removidas dos passaportes, embora o então governo de Hasina tenha esclarecido que a posição do país em relação a Israel não havia mudado.

O apoio de Bangladesh a um Estado palestino independente ficou evidente no sábado, quando cerca de 100.000 pessoas se reuniram em Daca em solidariedade a Gaza.

A guerra em Gaza eclodiu depois que o Hamas atacou Israel em outubro de 2023, deixando 1.218 mortos, a maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses.

Um frágil cessar-fogo entre as partes em conflito entrou em colapso no mês passado, e o Ministério da Saúde em Gaza, governada pelo Hamas, disse neste domingo que pelo menos 1.574 palestinos morreram desde então, elevando o número total de mortos desde o início da guerra para 50.944.

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