[Alerta gatilho: o texto a seguir abaixo aborda temas sensíveis como estupro e violência contra a mulher, podendo causar gatilhos em algumas pessoas. Se você se identifica ou conhece alguém que está passando por esse tipo de problema, ligue 180 e denuncie].
Otávio Mesquita entrou com uma ação na Justiça contra Juliana Oliveira, ex-assistente de palco do “The Noite”, do SBT. A decisão ocorreu após a humorista processá-lo por assédio sexual, depois de um episódio ocorrido durante o programa comandado por Danilo Gentili, em 2016.
O comunicador disse estar ofendido com a acusação “inconsequente de estupro com emprego de força física”, moveu o processo por danos morais contra ela e pediu uma indenização de R$ 50 mil. Caso ele vença, doará o valor para uma ONG que atua com mulheres vítimas de violência.
Na ação, o apresentador declarou ser uma pessoa “íntegra, de conduta ilibada”, e que tudo não passou de uma cena de humor. “A dinâmica do referido programa era reconhecida justamente pela adoção de esquetes de humor caricatural, em tom cômico, com abordagens muitas vezes sensuais ou provocativas, o que era aceito e praticado por todos os envolvidos — apresentadores, convidados e, inclusive, pela própria Juliana”, afirmaram à Justiça os advogados do Mesquita, segundo o colunista Rogerio Gentile, do UOL.
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O processo cita ainda “brincadeiras de cunho sexual” envolvendo Juliana no programa do SBT. “As brincadeiras da ré [Juliana], incluindo as de cunho sexual, não eram situação incomum. Na verdade, eram a sua forma de atuar especialmente em público com toda a equipe e convidados.”
Os advogados de Mesquita ainda destacaram no processo que a acusação de estupro “é um desserviço para a causa feminista em um país com tantos graves casos de violência contra a mulher”.
Ainda de acordo com a publicação, Juliana não foi citada pela Justiça até o momento, portanto, não apresentou defesa.
Em março deste ano, Juliana abriu uma ação criminal contra Mesquita junto ao Ministério Público afirmando que, em abril de 2016, durante o “The Noite”, Otávio tocou em seu seio e nas partes íntimas, mesmo ela tentando se esquivar e demonstrando não ter gostado da situação.
Em seguida, Mesquita a prendeu com as pernas e simulou uma relação sexual. “Juliana está fazendo cara feia, mas sei que ela gostou”, disse Danilo Gentili na ocasião.
Ao colunista, o advogado Hédio Silva Júnior, representa a humorista, disse que essa é a terceira versão que Mesquita apresenta. “Primeiro, afirmou que a acusação era uma calúnia, depois que foi um excesso em uma brincadeira e agora inventa essa figura do estupro reverso” para tentar “desqualificar moralmente a vítima”.