Dólar tem queda na abertura com mercado à espera de notícias sobre tarifas

O dólar à vista rondava a estabilidade ante o real nas primeiras negociações desta terça-feira (15), em um dia aparentemente mais calmo nos mercados globais, à medida que os investidores continuam em busca de clareza sobre as políticas tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Às 9h36, o dólar à vista caía 0,28%, a R$ 5,8387 na venda.

Na segunda-feira (14), o dólar à vista fechou em baixa de 0,30%, a R$ 5,8520.

O Banco Central fará nesta sessão um leilão de até 20.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 2 de maio de 2025.

Bolsa Ásia

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta terça, em meio à esperança de novo alívio nas tarifas dos EUA.

O japonês Nikkei subiu 0,84% em Tóquio, a 34.267,54 pontos, e o sul-coreano Kospi avançou 0,88% em Seul, a 2.477,41 pontos, com ambos os índices impulsionados por ações de montadoras.

O Hang Seng teve alta mais modesta em Hong Kong, de 0,23%, a 21.466,27 pontos, enquanto o Taiex apresentou desempenho mais forte em Taiwan, com avanço de 1,77%, a 19.857,67 pontos.

Na China continental, os mercados ficaram sem direção única em meio às incertezas da guerra comercial entre Pequim e Washington. O Xangai Composto avançou 0,15%, a 3.267,66 pontos, mas o menos abrangente Shenzhen Composite recuou 0,19%, a 1.899,89 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul pelo segundo pregão consecutivo, com alta de 0,17% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 7.761,70 pontos.

Bolsa Europa

As bolsas europeias operam em alta na manhã desta terça, lideradas por ações do setor automotivo, em meio à esperança de novo alívio na política tarifária dos EUA. A gigante de luxo francesa LVMH, por outro lado, tomba após fraco resultado de vendas, pressionando outras empresas do setor.

Por volta das 6h45 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 avançava 1,09%, a 505,34 pontos. Apenas o subíndice de montadoras e autopeças tinha alta de 2%.

A LVMH, por sua vez, amargava queda de 7,4% em Paris, após divulgar receita trimestral abaixo das expectativas. Também no segmento de luxo, a Kering caía 2,3% e a Moncler recuava 0,90%.

Em meio aos negócios, a LVMH foi ultrapassada hoje pela Hermés International (-0,30%) como maior empresa de luxo do mundo em valor de mercado, segundo dados da FactSet.

No noticiário macroeconômico, a indústria da zona do euro surpreendeu com alta mensal de 1,1% na produção de fevereiro, acima da previsão de ganho de 0,7%.

Já o índice ZEW de expectativas econômicas da Alemanha despencou para -14 em abril, vindo bem aquém das expectativas, em meio às incertezas comerciais deflagradas pelas tarifas do governo Trump.

Às 7h (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 0,92%, a de Paris avançava 0,31% e a de Frankfurt ganhava 1,21%. Já as de Milão, Madri e Lisboa tinham altas de 1,53%, 1,45% e 0,88%, respectivamente.

Tarifaço

No fim da semana passada, os EUA anunciaram que produtos tecnológicos de consumo, como smartphones e computadores, ficariam isentos das chamadas tarifas “recíprocas”. Na véspera, o presidente Donald Trump prometeu buscar saídas para aliviar os impactos das tarifas sobre a indústria automobilística.

Na semana passada, o governo Trump suspendeu por 90 dias as tarifas “recíprocas” para todos os países, exceto China, que enfrenta uma massiva tarifação de 145% dos EUA.

Em retaliação, os chineses passaram a cobrar tarifa de 125% sobre importações dos EUA no último fim de semana.

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*Com informações da Reuters

Este conteúdo foi originalmente publicado em Dólar tem queda na abertura com mercado à espera de notícias sobre tarifas no site CNN Brasil.

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