Guerra no Sudão completa 2 anos sob indiferença do mundo

ROMA, 15 ABR (ANSA) – A cidade de Londres, capital do Reino Unido, sediou nesta terça-feira (15) uma conferência para mobilizar a comunidade internacional em prol do fim da guerra no Sudão, que acaba de completar exatos dois anos.   

O conflito em uma das maiores nações da África começou em 15 de abril de 2023 e opõe os generais Abdel Fattah al-Burhan, chefe das Forças Armadas, e Mohamed Hamdan Dagalo, líder do grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF) e mais conhecido como Hemedti.   

A guerra já deixou dezenas de milhares de mortos e mais de 13 milhões de deslocados internos e refugiados, em meio a uma indiferença quase generalizada no restante do mundo, mais atento aos conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio.   

“A brutal guerra no Sudão devastou a vida de milhões de pessoas, mas grande parte do mundo continua a dar as costas”, disse o secretário de Relações Exteriores britânico, David Lammy, pouco antes da abertura da conferência. “As partes em conflito mostraram um desprezo abominável em relação à população civil do Sudão”, acrescentou.   

Durante o evento, a União Europeia e os Estados-membros se comprometeram a repassar 522 milhões de euros (R$ 3,5 bilhões) em ajudas ao povo sudanês em 2025, incluindo assistência sanitária e alimentar, além de água, serviços de higiene, alojamentos, proteção e educação aos mais vulneráveis.   

“A situação no Sudão é devastadora, o conflito levou a carestia ao país e provocou a maior crise de deslocamento no mundo”, reforçou a comissária da UE para Gestão de Crises, Hadja Lahbib. Já o governo do Reino Unido vai destinar 120 milhões de libras esterlinas (R$ 930 milhões) ao país africano. (ANSA).   

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