Para quem estava sentindo falta de ver Ernani Moraes na telinha, a espera acabou. O ator pernambucano está de volta às novelas da Globo em “Dona de Mim”, folhetim que estreia no próximo dia 28, substituindo “Volta por Cima” no horário das 19h.
A última participação do artista em novelas foi em “Nos Tempos do Imperador”, exibida às 18h em 2021. De lá para cá, ele emendou trabalhos em streaming e séries, como “Plantão sem Fim” (Multishow), “Rensga Hits!” (Globoplay) e “O Dono do Lar” (Disney+).
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Em entrevista exclusiva para IstoÉ Gente, Ernani Moraes abriu o jogo sobre seu novo personagem e as emoções que o público vai acompanhar a partir do final de abril na nova novela da Globo.
“Dona de Mim” apresentará uma nova história popular ambientada em São Cristóvão, bairro da zona norte do Rio de Janeiro. No núcleo principal, Clara Moneke é Leona, uma jovem que vira babá de Sofia (Elis Cabral), filha de Abel (Tony Ramos), dono da fábrica de lingerie Boaz.
O tema central da trama dá origem a muitas histórias, entre elas a de Seu Manuel, um simpático dono de uma padaria, pai superprotetor de Danilo (Felipe Simas) e de Peter (Pedro Fernandes). Ele foi casado com uma mulher bem mais nova do que ele, a mãe dos seus dois filhos, mas que abandonou a família, fato pelo qual ele se culpa até hoje.
IstoÉ Gente: Como você define o Seu Manuel? Quais são as principais características do personagem?
O Manuel é um cara muito gente boa. Carioca, morador de São Cristóvão, que é um bairro que tem uma certa malandragem. Ter uma padaria em São Cristóvão é pra poucos. Ele é uma pessoa brincalhona, sabe lidar com aquela malandragem carioca. Ele sabe brincar, e também sabe ser sério.
IG: Conte um pouco do núcleo familiar do Seu Manuel. Descreva a relação dele com os filhos Peter (Pedro Fernandes) e Danilo (Felipe Simas).
O Manuel é um pai que tem um filho PCD, e prometeu para a mãe dele que não ia sair do lado do filho. É um pai dedicado, e não se casou de novo. O núcleo familiar do Manuel é bem diverso. Tem um filho já homem, cadeirante, que começa a se sentir sufocado pelo excesso de proteção. Ele quer muito sair para a vida. Eu acho que pai e filho é como arco e flecha. Os pais são arco e os filhos são as flechas. A gente tem de lançar eles para o mundo. O Peter está começando a querer conhecer o mundo. O Danilo, o outro filho, tem um pouco de vergonha de onde mora. Embora seja um garoto adorável, bacana, conseguiu fazer universidade, fez contabilidade. O Manuel se esforçou bastante para pagar a faculdade dele e achava que quando ele se formasse, estaria ao lado para ajudar a tocar a padaria. Ele é um pouco magoado com o Danilo porque ele não está ali do lado dele.
IG: Você acha que o público vai se identificar com o Seu Manuel?
Os personagens que geralmente interpreto em novelas são maus, já fiz alguns delegados de polícia, mas sempre coloco um certo humor. O Manuel é um homem comum, gente boa, vai transitar num campo mais familiar. Acho que o Seu Manuel vai gerar identificação na relação dele com os filhos.
IG: Como foi o convite para o papel?
Eu estava em casa, em Paris. Tinha voltado do Brasil e surgiu a oportunidade de fazer o teste. Rapidamente fui aprovado e alguns dias depois já estava de malas prontas, pegando o avião pra passar uma nova temporada no Rio.
IG: Como está sendo trabalhar com a direção do Allan Fiterman e o texto da Rosane Svartman?
A Rosane é incrível, ela escreve muito bem, a história que ela conta é intrigante. Estou muito feliz. O Allan, embora eu nunca tenha trabalhado com ele, é uma unanimidade entre os colegas. Peço a Deus, acendo uma vela todo dia, tomara que ele me ame, tomara que ele goste de mim. (risos)
IG: O que o público pode esperar de Dona de Mim?
Dona de Mim é uma novela com um texto incrível. Estou lendo a novela inteira. A história é atual, moderna, real, e muito carioca. Embora eu seja pernambucano, moro no Rio de Janeiro desde um ano de idade e conheço muito bem a cidade. Acredito que Dona de Mim tem tudo pra ser um sucesso.
Conheça a história de ‘Dona de Mim’
Todo mundo tem feridas que só o amor consegue remendar. São as mais profundas, aquelas que sempre tentamos esconder, mas que nos acompanham dia e noite. Leona (Clara Moneke) é uma jovem alto astral e de coração gigante, que vive na correria, sempre enrolada com grana. Ela convive com uma dor imensa que tenta a todo custo não revelar. Moradora do bairro de São Cristóvão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, Leo era estudante de Publicidade, quando ia se casar com Marlon (Humberto Morais), grávida de seis meses de Sophya, sua primeira filha, quando viu seu mundo desabar em uma sala de ultrassonografia. Desde a perda gestacional, nada mais foi igual.
Agora, sete anos depois, ela ocupa a cabeça enquanto tenta equilibrar as contas da casa em que mora com a avó Yara (Cyda Moreno) e irmã Stephany (Nykolly Fernandes). Empoderada e dona de si, a jovem sempre tem boas intenções, mas acaba se metendo em diversas enrascadas. Diante do aperto financeiro e vendo a irmã querer desistir da faculdade de Enfermagem para ajudar em casa, Leo arranja emprego como babá na mansão da família Boaz, donos da tradicional marca de lingerie de fabricação própria, sediada em São Cristóvão, que ela mesma costumava revender. É assim que ela conhece Sofia (Elis Cabral), a filha de oito anos do patrão, Abel (Tony Ramos), e uma das herdeiras da fortuna da família Boaz.
Abel, atual presidente da empresa, registrou Sofia como sua filha quando ela era ainda bebê, após a cobrança de uma dívida de vida que tinha com uma ex-funcionária da fábrica. A mãe da criança morreu logo após entregá-la para o magnata. Solitária em uma mansão cercada por adultos, Sofia desenvolveu seus meios para chamar atenção: adora aprontar diversas peças para assustar as babás que Filipa (Claudia Abreu), esposa de Abel, tenta contratar. A chegada de Leona impacta não só a vida de Sofia, mas também a de seus irmãos, Samuel (Juan Paiva), Davi (Rafa Vitti) e Ayla (Bel Lima). Nas relações que constrói com a menina e com os demais integrantes da família, Leo passa a viver novas experiências e a vislumbrar novos caminhos em sua trajetória.
“A Sofia gosta de aprontar diversas peças, é a forma dela de chamar atenção. As babás não conseguem ficar na casa porque ela faz traquinagens, até o momento em que Leona conquista o coração dela”, conta o diretor artístico Allan Fiterman. “A Leo é a primeira pessoa que entende a Sofia. E, pela primeira vez, ela tem uma babá de quem gosta. É a partir daí que começamos a falar sobre as diversas formas de maternidade, inclusive a não maternidade, amor-próprio, autoestima e diversos outros temas ligados ao feminino. Isso vai fazer parte do universo não só da protagonista, mas das outras personagens da trama. O título ‘Dona de Mim’ diz muito sobre a história que vamos contar: a figura de uma mulher independente que quer tomar as rédeas de sua vida”, resume Rosane Svartman, autora da obra.
“Dona de Mim” é uma novela criada por Rosane Svartman, escrita com Carolina Santos, Jaqueline Vargas, Juan Jullian, Mário Viana, Michel Carvalho e Renata Sofia. A obra tem direção artística de Allan Fiterman, direção geral de Pedro Brenelli e produção de Mariana Pinheiro. A direção de gênero é de José Luiz Villamarim.
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