A Páscoa judaica (Pessach), que significa “passagem”, comemora a libertação do povo hebreu da escravidão no Egito. A festa relembra a travessia do Mar Vermelho e a passagem do anjo da morte pelas casas dos hebreus, poupando seus primogênitos. A celebração ocorre na primavera, marcando o Êxodo, com o consumo de ervas amargas e pães sem fermento, simbolizando as dificuldades enfrentadas no Egito.
Os ritos da Páscoa judaica, como o Seder, reforçam a importância da memória e da transmissão da história da libertação para as novas gerações. A festa celebra não apenas a libertação física, mas também a renovação espiritual.
A Páscoa cristã, por sua vez, celebra a ressurreição de Jesus Cristo, representando a passagem da morte para a vida eterna. Para os cristãos, Jesus é o Cordeiro Pascal, que se sacrificou pela salvação da humanidade. A festa simboliza a vitória sobre o pecado e a promessa de vida nova.
Ressurreição
O tempo pascal, para os católicos, estende-se por 50 dias, da ressurreição até Pentecostes, marcado pela presença do Círio Pascal, símbolo da luz de Cristo Ressuscitado. A Vigília Pascal é considerada a mais importante celebração litúrgica, representando a vitória da luz sobre as trevas.
Apesar das diferenças de significado, ambas as celebrações da Páscoa simbolizam a esperança e a renovação. Enquanto a Páscoa judaica celebra a libertação física e espiritual de um povo, a Páscoa cristã celebra a promessa de salvação e vida eterna para toda a humanidade.
Outras religiões
Na antiguidade, as culturas pagãs homenageavam a deusa Eostre, também conhecida como Ostara, que simbolizava a primavera, um período de fertilidade e renascimento. O seu nome inspirou a palavra Easter, que em inglês significa Páscoa. Na Alemanha, essa celebração é denominada Ostern.
Para os seguidores do espiritismo, a Páscoa representa um período de introspecção sobre a evolução espiritual e a mensagem de Jesus, desvinculando-se de dogmas ou rituais específicos. Por outro lado, nas religiões afro-brasileiras Candomblé e Umbanda, a celebração pode ser respeitada segundo a tradição cristã de alguns fiéis, embora não tenha um significado particular dentro dos cultos.
No Islã, a Páscoa cristã não é comemorada. Contudo, é comum que os muçulmanos demonstrem respeito pela tradição pascal de seus amigos e familiares cristãos. Em anos em que o Ramadã coincide com o período da Páscoa, este se torna um tempo de jejum e oração para os muçulmanos.
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