Proposta de exame nacional para médicos ganha força no Brasil

A discussão sobre a qualidade dos cursos de Medicina no Brasil ganhou novo impulso, com a proposta de um exame nacional para médicos, semelhante ao que é exigido pela OAB. Essa medida, que impediria a atuação de profissionais reprovados, enfrenta resistência do governo Lula, que prefere focar na fiscalização dos cursos de Medicina. O aumento no número de instituições de ensino, que saltou de 181 em 2010 para 401 em 2023, tem gerado preocupações sobre a formação dos futuros médicos. A Comissão de Assuntos Sociais do Senado está analisando a criação de um Exame Nacional de Proficiência em Medicina, destinado a recém-formados.

O Conselho Federal de Medicina manifestou apoio à iniciativa, que busca assegurar que apenas aqueles com a devida qualificação ingressem no mercado de trabalho. A senadora Teresa Leitão, do PT, defende que a responsabilidade pela avaliação não deve ser atribuída ao CFM, ressaltando que o Ministério da Educação deve priorizar os interesses dos alunos.

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Por outro lado, a Associação Brasileira de Educação Médica argumenta que a avaliação dos estudantes deve ser contínua ao longo do curso, e não apenas no final da formação. Essa abordagem, segundo a associação, garantiria uma melhor preparação dos alunos para a prática profissional. O Inep, por sua vez, está em processo de reformulação das avaliações dos cursos superiores, com um foco especial na área da Saúde, visando aumentar a rigidez na fiscalização. Enquanto as instituições de ensino apoiam a intensificação da fiscalização, elas se opõem à implementação do exame. A preocupação com a qualidade da formação médica é crescente, especialmente após os resultados do Enade de 2023, que indicaram uma deterioração em comparação a 2019.

*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Dias

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