Astrid Fontenelle relata preconceito sofrido pelo filho durante férias em resort

Astrid Fontenelle fez um forte relato sobre racismo envolvendo seu filho, Gabriel, de 16 anos. O garoto foi vítima de preconceito quando eles e o marido da apresentadora, Fausto Franco, passavam férias em um resort na Bahia.

Ao falar sobre racismo em bate-papo no canal Chico Pinheiro Entrevista, que foi ao ar pelo Youtube nesta quinta-feira, 17, ela relembrou a situação vivida há algum tempo.

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“A última [vez] que aconteceu já faz um tempo também, foi na praia… Uma mulher [falou]: ‘Menino, menino, pega ali um colchonete para mim?’. Nesse tom, né? Aí falei: ‘Ô, está achando que ele é o quê? Funcionário do hotel? Não está vendo que é uma criança, para começar?’. Aí já me espalhei. Foi na praia, na frente de um resort. ‘Você não viu, né?’”, contou ela em conversa com Chico Pinheiro.

“A bonita saiu para vir para a praia e o primeiro preto que ela viu na Bahia é serviçal dela. ‘Pois ele não é, ele é uma criança, ele é meu filho. Fora daqui!’. Aí perdi um pouco a voz porque sempre quis falar as coisas, sempre projetei que a minha reação seria em um tom forte, mas sabe assim? Martin Luther King, mas aí não consigo e viro Malcolm X, tipo fogo nos racistas. Não consigo. Tento, mas não consigo. Melhorei… Quer dizer, nunca mais aconteceu diretamente com o Gabriel”, enfatizou ela.

“Para azar dela… Deixa corrigir: para a sorte dela, eu estava lendo a terceira edição de ‘Escravidão’, do Laurentino Gomes. Quando ela virou de costas, primeiro ela falou assim: ‘Está dando showzinho só porque é famosa’. E falei: ‘Não, você é uma racista’. Esculachei a mulher. Quando ela virou de costas, falei assim: ‘Vem cá que tenho um presente para te dar’. E virei o livro para ela”, relembrou.

“Ela ficou p*t*ça e virou a cara. Mandei entregar no quarto. Não devolveram. Tomara [que ela tenha aprendido alguma coisa]. Porque as pessoas têm que prestar atenção no outro, gente! Não está vendo que é uma criança? Mas ela viu a cor da pele antes de ver que era uma criança, então? Não tenho outra resposta para isso, a não ser acreditar que foi isso [racismo]”, finalizou Fontenelle.

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