O presidente Volodymyr Zelensky disse nesta quinta-feira (17), que a Inteligência da Ucrânia tem provas de que a China está fornecendo artilharia para a Rússia
“Acreditamos que os representantes chineses estão envolvidos na produção de algumas armas no território russo”, disse ele em uma conferência de imprensa em Kiev. Zelensky não especificou se ele quis dizer sistemas de artilharia ou projéteis.
É provável que a alegação abale as relações entre Kiev e Pequim, já tensas pela captura de cidadãos chineses que estariam lutando ao lado de Moscou. Até agora, a China tem tentado manter uma posição de neutralidade na guerra, que já dura mais de três anos.
A Ucrânia apelou anteriormente à China para usar sua influência sobre a Rússia para guiá-la em direção à paz.
Zelensky também disse que a Ucrânia e os EUA poderiam assinar um memorando de intenções na quinta-feira sobre o acordo de minerais atualmente em negociação pelos dois países.
O presidente Donald Trump pressionou por um acordo que permitiria aos Estados Unidos compartilhar os lucros dos recursos naturais e minerais críticos da Ucrânia no que os americanos alegam ser um reembolso por toda a ajuda militar.
Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia
O conflito na Ucrânia, que começou com a invasão russa em larga escala em fevereiro de 2022, continua sendo marcado por violência e mortes de civis.
Recentemente, dois mísseis balísticos russos atingiram Sumy, no norte da Ucrânia, matando 34 pessoas e ferindo 117. Este foi o ataque mais mortal na Ucrânia neste ano.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky condenou veementemente a ofensiva e fez um novo apelo por mais ações contra Moscou. Ele também pediu que o presidente dos EUA, Donald Trump, visitasse a Ucrânia. Zelensky expressou dúvidas sobre o apoio contínuo dos Estados Unidos a longo prazo, embora reconheça que os EUA são um parceiro estratégico.
Os dois líderes tiveram uma reunião tensa no Salão Oval neste ano, marcada por uma troca de farpas diante da imprensa.
O presidente ucraniano pediu que os EUA participassem de um esforço internacional de paz, ajudando a proteger o espaço aéreo ucraniano.
A Rússia nega ter como alvo civis, mas milhares foram mortos e feridos desde o início da invasão.
Os russos atualmente controlam cerca de 20% do território ucraniano no leste e sul.
A Ucrânia está compartilhando informações sobre supostos crimes de guerra com parceiros internacionais, e o Tribunal Penal Internacional investiga os casos.
Sob a administração Trump, os EUA realizaram conversas com representantes russos e ucranianos em uma tentativa de acabar com as ofensivas.
Apesar de acordos de cessar-fogo terem sido anunciados, as duas partes continuam trocando ataques.
O enviado especial de Trump, Steve Witkoff, se reuniu com Putin para discutir um acordo de paz, mas os ataques recentes vêm mostrando uma fragilidade dos esforços de paz e a continuidade do conflito.
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