Restaurante paraense cria ‘cuia de chocolate’ com sabores da Amazônia para presentar na Páscoa


Sabores juntam ao chocolate regional o queijo do Marajó; o bacuri e a castanha-do-Pará, buscando inovação na troca de ovos entre paraenses. Restaurante paraense cria ‘cuia de chocolate’ com sabores da Amazônia para presentar na Páscoa.
Rafael Barros / Arquivo Pessoal
A cuia – vasilhame ícone da culinária paraense usado para servir pratos típicos da Amazônia, como o “tacacá” – virou chocolate para ser presentado nesta Páscoa.
A ideia partiu de um restaurante paraense conhecido em Belém, fundado por Rafael Barros, de 34 anos, onde ele atua como CEO.
“A ideia foi buscar autenticidade e enaltecer a nossa cultura, valores que são muito importantes pra gente”, conta Rafael.
O empresário comenta que, na Páscoa deste ano, o restaurante quis criar um modelo de ovo que tivesse a essência do paraense, trazendo elementos da cultura e os sabores da Amazônia.
“Foi aí que pensamos na ‘Cuia de Páscoa’, utilizando não somente a Cuia, mas recheando ela com sabores típicos do nosso estado”.
A criação partiu do coordenador e gerente de marketing Mauricio Matheus e a chef confeiteira Antônia Leiciane, e outros envolvidos na produção.
Junto ao sabor, Rafael conta que a ideia vem do símbolo da Páscoa, com a troca de ovos. “Isso simboliza esperança nesse renascimento de Jesus Cristo, na salvação e na renovação. Pensamos em trazer para os cristãos paraenses um presente único para que pudessem desfrutar nessa Páscoa e, claro, presentar quem amam”.
Sabores da Amazônia
São três sabores criados, servidos dentro da cuia de chocolate, reunindo sabores únicos de frutos e iguarias da região.
O de creme de queijo do Marajó, com doce de leite e brigadeiro de queijo do Marajó; o creme de bacuri, com geleia de bacuri e nibs de cacau; e o de creme de castanha-do-Pará, com geleia de cupuaçu e pé de moleque.
Presente de Páscoa, ‘cuia de chocolate’ reúne sabores da Amazônia.
Rafael Barros / Arquivo Pessoal
Rafael conta que foram vários testes antes de chegar aos sabores. “Já queria há um tempo colocar em alguma sobremesa a combinação de queijo do Marajó com doce de leite e conseguimos chegar em uma consistência perfeita”.
Já o de creme de bacuri foi pensado para que tenha cremosidade e suavidade, com a crocância do nibs e um toque especial do chocolate amazônico – um dos mais valorizados na cadeia global do cacau; e também o de creme de castanha, fazendo uma releitura de um recorde de vendas no restaurante.
Tradição inspiradora
O restaurante começou dentro de uma arena de futebol com apenas 5 metros quadrados e agora é um dos mais procurados entre visitantes à capital reconhecida como uma das mais atraentes do mundo.
A inspiração para começar o negócio foram os pratos feitos por dona Lindalva, avó de Rafael; e no empreendedorismo do avô Antonino.
“Somos idealizadores de um menu degustação na cuia, tudo criado pensando na necessidade e experiência dos clientes, além de finalmente ter descoberto um propósito quanto empresa que é mostrar a força a cultura a gastronomia paraense”.
A proposta do restaurante já foi destaque em publicações internacionais como NationalGeographic, New York Times, entre outros. Atualmente, possui duas unidades em Belém.
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