Chefe do MP da Venezuela defende eleição que deu vitória a Maduro e anuncia investigação contra líder da oposição


Tarek Saab disse nesta segunda-feira (29) que criminosos tentaram adulterar atas eleitorais. Conselho eleitoral anunciou vitória de Maduro, e oposição apontou fraude. Tarek William Saab, procurador da Venezuela, em 22 de janeiro de 2024
Federico Parra / AFP
O chefe do Ministério Público da Venezuela, Tarek William Saab, defendeu nesta segunda-feira (29) a eleição que declarou Nicolás Maduro reeleito para o terceiro mandato como presidente.
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Ele também disse que María Corina Machado, líder da oposição no país, está sendo investigada por tentar fraudar o sistema eleitoral e adulterar as atas da eleição —espécie de boletins de urna. A oposição acusa o governo Maduro de fraude.
Saab disse que um ataque hacker originado na Macedônia do Norte tentou atingir o sistema responsável pelas eleições na Venezuela.
“Felizmente, essa ação não teve sucesso, mas atrasou o processo e o anúncio dos resultados. Queriam adulterar as atas. Segundo a informação classificada que recebemos, o principal envolvido nesse ataque seria o cidadão Lester Toledo, tristemente célebre fugitivo da justiça que se encontra no exterior. Junto a ele, aparecem como envolvidos o fugitivo da justiça venezuelana Leopoldo López e María Corina Machado. Os fiscais estão recolhendo os elementos de convicção dessas ações que tentaram adulterar os resultados”, disse..
Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), liderado por um aliado do presidente venezuelano, Maduro teve 51,2% dos votos; o principal candidato da oposição, Edmundo González, teve 44%. A última atualização foi na madrugada de segunda, quando o site do CNE saiu do ar –como os dados finais ainda não foram divulgados, esses números devem mudar.
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