O governo mexicano discordou, nesta terça-feira (22), da previsão do FMI de uma contração de 0,3% do PIB neste ano, argumentando que tem planos para sustentar a economia.
O FMI indicou nesta terça-feira que a economia mexicana, a segunda maior da América Latina, contrairá 0,3% neste ano devido ao impacto das tarifas do governo Trump, entre outros fatores. Em contrapartida, a organização espera que a economia cresça 2% na América Latina.
Em 2 de abril, o governo de Claudia Sheinbaum reduziu sua previsão de crescimento para 2025 a uma faixa de 1,5% a 2,3%, de uma previsão de 2% a 3%, citando incerteza sobre as políticas comerciais dos Estados Unidos, seu maior parceiro comercial.
No entanto, analistas privados estão mais pessimistas: em 10 de abril, o banco privado Banamex previu estagnação, sem crescimento econômico neste ano.
“Temos um plano para fortalecer a economia mexicana. Discordamos dessa visão (do FMI), entre outras coisas, porque estamos trabalhando”, disse a presidente em sua coletiva de imprensa matinal desta terça-feira.
A presidente lembrou que seu governo apresentou o Plano México, uma iniciativa do setor privado por meio da qual sua administração busca aumentar o investimento e impulsionar a oferta e o consumo local em vários setores da economia.
“Se não houvesse investimento público, provavelmente haveria redução no crescimento econômico (como previsto pelo FMI), mas é muito diferente”, disse.
As tarifas impostas por Trump a dezenas de países excluem, no caso do México e do Canadá, todos os bens exportados sob as regras do acordo de livre comércio T-MEC.
No entanto, tanto a indústria siderúrgica quanto a automotiva, essenciais para a economia mexicana, foram tarifadas.
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