Papa pediu a médico atenção sobre embriões congelados

ROMA, 24 ABR (ANSA) – O papa Francisco pediu a seu cirurgião pessoal, Sergio Alfieri, que desse atenção à situação de embriões congelados na Itália, cujo governo prepara um projeto de lei para permitir a embriodoação.   

A informação foi revelada pelo próprio médico, coordenador da equipe que cuidou do pontífice argentino durante a recente internação no Hospital Policlínico Agostino Gemelli, em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera. Segundo Alfieri, a conversa ocorreu em janeiro passado, ainda antes da hospitalização de Jorge Bergoglio.   

“O papa Francisco me disse que deveríamos nos ocupar dos embriões abandonados. Ele foi claro: ‘São vidas, não podemos permitir que sejam utilizados para experimentação ou que sejam perdidos, seria homicídio’”, revelou o cirurgião, que prometeu se empenhar para “realizar esse desejo” do finado pontífice.   

“Vou falar com o ministro da Saúde, [Orazio] Schillaci, assim como o Papa queria, e com o Vaticano”, acrescentou.   

Enquanto isso, a ministra da Família da Itália, Eugenia Roccella, contou que o governo apresentará em até um mês um projeto de lei para permitir a adoção de embriões congelados por casais. Atualmente, a legislação italiana proíbe a embriodoação, prática já consolidada no Brasil.   

É comum que tratamentos de reprodução assistida gerem mais embriões do que o necessário para um casal engravidar, de forma que dezenas de milhares permanecem congelados em clínicas na Itália, onde a fertilização in vitro é permitida apenas para pessoas casadas e heteroafetivas. (ANSA).   

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