O cantor, compositor, ator e ícone da cultura queer Edy Star morreu na manhã desta quinta-feira (24), aos 87 anos, em um hospital em São Paulo. O artista estava internado em estado grave após sofrer um acidente doméstico na última semana.
Edy teve complicações clínicas que se agravaram nos últimos dias e, segundo a assessoria de imprensa dele, morreu de forma serena, sem dor, enquanto recebia tratamento médico. As causas foram insuficiência respiratória, insuficiência renal aguda e pancreatite aguda.
O comunicado oficial enviado à CNN dizia que as condições de saúde desfavoráveis do artista não puderam ser revertidas, apesar dos cuidados intensivos.
Edy Star nasceu em Salvador, capital da Bahia, e foi uma figura singular na música brasileira. Conhecido por sua irreverência, talento multifacetado e coragem artística, ele integrou o icônico álbum “Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10” (1971), ao lado de Raul Seixas, Miriam Batucada e Sérgio Sampaio. O cantor deixou sua marca como um dos primeiros artistas brasileiros a desafiar abertamente as normas de gênero e comportamento em cena.
Figura emblemática da música e do teatro brasileiro, o artista teve a trajetória celebrada em duas importantes obras: um filme e uma biografia que resgatam a irreverência e a contribuição artística ao longo das décadas.
Paralelamente, o artista gravou um disco emocionante em homenagem ao amigo e parceiro Raul Seixas — um projeto íntimo e afetuoso que busca agora ser viabilizado por meio de financiamento coletivo, convidando fãs e admiradores a apoiarem esse tributo único à amizade e à música brasileira.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Morre Edy Star, ícone da contracultura e parceiro de Raul Seixas, aos 87 no site CNN Brasil.