Por que o monocromático de Aldeíde, de “Vale Tudo”, é ruim? Saiba melhorar

Indo além dos enredos principais, outro destaque de “Vale Tudo” tem se dado a partir da relação conturbada – e divertida para o público – entre Aldeíde (Karina Teles) e Marco Aurélio (Alexandre Nero).

Na adaptação de Manuela Dias, o empresário da TCA não esconde o forte incomodo diante de looks adotados pela secretária, que não abre mão da estética monocromática, usando conjuntos ou outras combinações de uma só cor, da cabeça aos pés – especialmente tonalidades vibrantes.

 

Em uma das cenas virais, o personagem de Nero questiona o motivo da funcionária se vestir de tal forma. “Por que ela é tão monocromática?”, perguntou, com repulsa, ao vê-la em sua sala. “Ela deve gostar de se vestir assim”, respondeu Freitas, seu assistente. “Ela gosta, mas ninguém gosta. Eu não consigo conviver com gente assim. Demite!”, pediu.

“Se essa mulher vier vestida de total jeans, eu não respondo por mim. Podem me mandar para o compliance, mas tudo tem limite nessa vida”, criticou em outra. Mas afinal, como fugir das cores chamativas e apresentar um monocromático equilibrado?

À CNN, a consultora de moda e estilo Tay Borges, explica que antes demais nada é importante entender o que há por trás da aposta que sempre esteve no radar fashion, mas voltou com força total nas passarelas de 2024, garantindo seu espaço na atual temporada.

“Monocromático é monocor, é quando a gente usa a mesma cor da cabeça ao pés. Isso está mais em alta agora, e é uma combinação muito usada, muito sofisticada, principalmente quando se investe uma coordenação de cores neutras e menos coloridas“, comenta.

Segundo a profissional, a partir do momento em que essa combinação se dá usando cores fortes – e de uma só vez – a imagem se torna mais impactante. “Chama mais atenção e, dependendo do ambiente, passa a não ser tão ‘bem visto’, como no caso da Aldeíde, em ‘Vale Tudo’. Ali, ela está em lugar mais corporativo, mais sério. Ela é o ponto de cor ali no meio, destoando de tudo”, acrescenta.


Aldeíde é interpretada por Karine Teles em "Vale Tudo"
Aldeíde é interpretada por Karine Teles em “Vale Tudo” • Reprodução/Globoplay

Montando uma produção monocromática de sucesso

Diferentemente da personagem de Karine Teles, que tem uma armário lotado de peças marcadas pelo rosa choque, roxo e até vermelho, o truque para montar um visual monocromático sem ficar entediante está justamente na mistura de texturas.

“De repente, um couro, com uma coisa mais leve, tipo seda, por exemplo, pode ir bem. O ideal é ir misturando essas texturas para não ficar com aquele aspecto sem graça ou muito exagerado. Com acessórios a gente também consegue um resultado interessante”, aconselha Tay.


Veja como adaptar looks monocromáticos
Veja como adaptar looks monocromáticos • Reprodução/Pinterest

Aliás, a consultora diz ainda que essa ideia de que o monocromático muitas vezes é “fora do tom”, se dá justamente pelo impacto visual que é causado pela estética não equilibrada. “A gente sabe que existe uma leitura do sofisticado como algo mais discreto e mais sutil. E muita cor vem no oposto de tudo isso, ele grita e chama atenção, e isso acontece quando você sai dessa zona de discrição que, algumas pessoas chamam de elegância”, avalia.

Encontrando a harmonia no monocromático

Para Aldeíde, Borges reforça que, para manter a própria essência enquanto se equilibra na estética, o indicado seria manter as cores com roupas mais sociais e menos elementos. “Já que a cor está sendo o grande elemento de atenção, a modelagem, o corte e a textura trariam esse equilíbrio e a harmonia no visual”.

“Outra alternativa seria, de fato, mexer nas cores. Ainda que deixa o lilás, por exemplo, é interessante se aprofundar. Se ela associar isso ao visual de peças mais limpas, com uma leitura mais formal para casar com o ambiente onde trabalha, tudo ficaria mais adequado”, conclui.

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Este conteúdo foi originalmente publicado em Por que o monocromático de Aldeíde, de “Vale Tudo”, é ruim? Saiba melhorar no site CNN Brasil.

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