Itália condena mandado de prisão contra González na Venezuela

ROMA, 3 SET (ANSA) – O governo italiano condenou nesta terça-feira (3) a ordem de prisão contra o candidato de oposição a presidente da Venezuela, Edmundo González Urrutia, durante reunião com a encarregada pelas Relações Exteriores do país liderado por Nicolás Maduro.   

A representante do governo venezuelano foi convocada na Farnesina, em Roma, a pedido do vice-premiê e chanceler italiano, Antonio Tajani, para receber também uma “mensagem forte” sobre a transparência do voto das eleições de 28 de julho.   

Segundo comunicado oficial, a reunião confirmou a forte preocupação com que o ministro, o governo e as forças parlamentares italianas continuam a acompanhar a crise resultante das eleições, reiterando o pedido de publicação dos documentos eleitorais e a sua imediata verificação independente.   

Além disso, a Itália condenou veementemente a notícia do mandado de prisão contra Edmundo Gonzalez Urrutia, candidato da oposição à presidência. “Na Venezuela há uma tentativa de sufocar a liberdade”, destacou Tajani, enfatizando a necessidade absoluta de respeitar o voto democrático, violado pelas inúmeras manipulações registradas por observadores eleitorais independentes.   

Durante o encontro, o vice-premiê italiano reiterou ainda o pedido de libertação dos presos políticos, principalmente dos que possuem cidadania italiana, e confirmou a viva expectativa de proteção e a garantia de acesso consular.   

Para ele, “as autoridades venezuelanas devem tornar públicos os resultados eleitorais”, porque o povo do país “tem o direito de decidir livremente o próprio destino”.   

Logo depois das eleições, Tajani criou uma “força-tarefa” permanente na Farnesina para acompanhar os acontecimentos na Venezuela.   

“Desde os primeiros momentos denunciamos as medidas de detenção adotadas contra cidadãos venezuelanos, incluindo muitos ítalo-venezuelanos, e a forte preocupação com as limitações à liberdade de imprensa em curso no país, reivindicando o direito à informação para a população venezuelana e para os jornalistas locais, italianos e internacionais atualmente no país”, conclui a nota. (ANSA).   

Adicionar aos favoritos o Link permanente.