Um dos personagens mais marcantes da história da televisão, Odete Roitman ganhou vida pela atuação de Beatriz Segall (1926 – 2018) na versão original de “Vale Tudo”, em 1988, e retornou às telinhas na pele de Débora Bloch.
Com a estreia da personagem prevista para o episódio deste sábado (26), a vilã conquistou o público com o seu desprezo e arrogância. Apesar de não aparecer nos capítulos iniciais, sua presença na trama original foi marcante, principalmente, por conta da morte misteriosa, que causou intriga em todo o Brasil.
Na época, o assassinato gerou uma intensa discussão sobre quem poderia ter cometido o crime, resposta que nem mesmo os atores tinham enquanto gravavam as cenas.
Mas, antes disso, a complexidade da personagem já havia conquistado o país. Um dos temas da novela é o questionamento “Vale a pena ser honesto no Brasil?”. Para Odete, não. De caráter mesquinho e comportamento elitista, a empresária à frente do Grupo Almeida Roitman representa o poder dos mais ricos que desprezam valores éticos e morais para manter sua posição. Ela acredita que a desonestidade faz parte da cultura do país e usa isso a seu favor.
Manipuladora nata, Roitman mexe com os destinos dos personagens da trama, incluindo seus próprios filhos, para manter seu império e satisfazer seus interesses. Retrato caricato da elite brasileira, sua importância incontestável para a narrativa ganhou o coração dos brasileiros, que mal podiam esperar pelo seu próximo ato de vilania.
Porém, depois de tanto aprontar, a empresária é morta a tiros por um personagem que só é revelado no último capítulo do folhetim. Para recriar o mistério, a autora Manuela Dias mudou a identidade do assassino para que o público possa reviver o mistério de 1988.

“Vale Tudo”: quem são os personagens da família Roitman
Este conteúdo foi originalmente publicado em “Vale Tudo”: Por que Odete Roitman é a “vilã das vilãs”? no site CNN Brasil.