(ANSA) – BRASÍLIA, 25 APR – O ex-presidente e ex-senador Fernando Collor de Mello foi preso na madrugada desta sexta-feira (25), em Maceió, Alagoas, para cumprimento de uma pena de oito anos e 10 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, em um desdobramento da Operação Lava Jato.
A prisão foi realizada por volta das 4h, e Collor está na Superintendência da Polícia Federal (PF) na capital alagoana, aguardando possível transferência para Brasília.
A ordem de prisão foi expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na noite de quinta-feira (24), após o esgotamento dos recursos apresentados pela defesa do ex-presidente.
A decisão de Moraes ainda deve ser submetida à análise do plenário virtual extraordinário do STF, que vai se encerrar até as 23h59 desta sexta-feira.
Em 2023, o Supremo condenou Collor por envolvimento em esquema de corrupção, sentença confirmada em novembro de 2024.
Segundo o Ministério Público, Collor recebeu R$ 20 milhões em propinas entre 2010 e 2014, enquanto exercia o mandato de senador por Alagoas. O valor foi pago pela empresa UTC Engenharia em troca de favorecimento em contratos com a BR Distribuidora, antiga subsidiária da Petrobras.
Em 1989, Collor foi o primeiro presidente eleito por voto direto após o governo militar (1964-1985), mas acabou renunciando em 1992, em meio a um processo de impeachment.
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