Confira como será ritual de fechamento do caixão do Papa

ROMA, 25 ABR (ANSA) – O rito de fechamento do caixão do papa Francisco acontecerá nesta sexta-feira (25), às 20h (horário local), na Basílica de São Pedro, no Vaticano, antecedendo a “terceira estação”, a do sepultamento, e marcará a despedida do pontífice.   

Conforme previsto no protocolo litúrgico chamado Ordo Exsequiarum Romani Pontificis (ritos funerais para um pontífice romano), (nn. 66-81), a cerimônia será presidida pelo atual camerlengo da Igreja Católica, cardeal Kevin Joseph Farell.   

Desta vez, o rito será mais simplificado por escolha do próprio Jorge Bergoglio, que decidiu cancelar o costume dos três caixões. Para os corpos dos Papas anteriores, a tradição exigia que o caixão de madeira de cipreste fosse amarrado com fitas vermelhas nas quais os selos da Câmara Apostólica, da Prefeitura, das Celebrações e do Capítulo do Vaticano eram impressos.   

O primeiro caixão era baixado para um caixão galvanizado e depois para outro de madeira (nogueira ou carvalho) com os mesmos selos e acima da cruz e do brasão do pontífice falecido.   

Neste caso, no entanto, o argentino será sepultado com o caixão de madeira que será fechado com duas tampas: uma de zinco, que será soldada, e outra de madeira. As tampas terão a cruz, o nome e o brasão do Papa.   

Antes do caixão ser fechado, o rosto de Francisco será coberto por um véu de seda branca e água benta será aspergida sobre o seu corpo.   

Além disso, um “saco de moedas” cunhadas durante o seu pontificado, bem como medalhas de prata e bronze para simbolizar os anos de serviço, serão colocadas pelo camerlengo no caixão.   

Um tubo de metal contendo a escritura, elaborada pelo mestre de cerimônias, que narra a vida do Papa com seus feitos, também será incluído no esquife.   

Para encerrar a cerimônia de fechamento do caixão, será lido o Salmo 26 (27), conhecido pelo verso: “O Senhor é minha luz e salvação. A quem temerei?”. Na sequência, o camerlengo dirá: “Concedei-lhe, Senhor, o descanso eterno. E que a luz perpétua brilhe para ele. Descanse em paz. Amém”.   

Apenas um pequeno grupo de pessoas participará da cerimônia privada, segundo o diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Matteo Bruni. São eles: Farrell, Giovanni Battista Re, decano do Colégio Cardinalício; Roger Michael Mahony, cardeal presbítero; Dominique Mamberti, cardeal protodiácono; Mauro Gambetti, arcipreste da Basílica de São Pedro; Pietro Parolin, atual secretário de Estado; Baldassare Reina, vigário-geral para a Diocese de Roma; Konrad Krajewski, esmoleiro de Francisco.   

Os monsenhores Edgar Peña Parra, substituto da Secretaria de Estado; Ilson de Jesus Montanari, vice-camerlengo da Santa Igreja Romana; Leonardo Sapienza, regente da Casa Pontifícia; os cônegos do Capítulo Vaticano, os penitenciários menores Ordinários da Santa Sé, os secretários do pontífice falecido e outras pessoas admitidas pelo mestre das celebrações litúrgicas pontifícias também estarão presentes.   

Após a cerimônia, o caixão fechado será colocado em frente ao altar externo da Basílica, na Praça São Pedro, onde o cardeal Giovanni Battista Re celebrará a missa solene, marcada para às 10h (horário local), deste sábado (26).   

Ao longo da celebração, os religiosos irão rezar pela alma e descanso do papa e Battista Re deve destacar a vida e os feitos de Francisco. Por fim, terá início o rito Ultima Commendatio et Valedictio, que precede o sepultamento.   

O caixão de Francisco deixará o Vaticano por volta das 12h e seguirá em cortejo, que deve passar pelo Corso Vittorio Emanuele II até a Piazza Venezia, de onde percorrerá em direção aos Fóruns Imperiais e ao Coliseu, na área arqueológica da capital italiana, até a Basílica de Santa Maria Maggiore, onde ocorrerá será sepultado em cerimônia privada. (ANSA).   

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