O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (25) a transferência do ex-presidente Fernando Collor para uma ala especial do Presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió (AL). A transferência foi realizada por volta das 14h em uma viatura da Polícia Federal. Como Collor é ex-presidente da República, ele ficará, em regime fechado, em uma cela individual do estabelecimento prisional. Moraes tomou a decisão após a audiência de custódia de Collor na Superintendência da Polícia Federal em Alagoas, onde ele está detido. Durante a audiência, o ex-presidente pediu para ficar preso na capital alagoana e não ser transferido para Brasília.
Durante a audiência, que durou cerca de 13 minutos, Collor respondeu a várias perguntas do juiz auxiliar Rafael Henrique. Collor detalhou como foi o exame de corpo de delito e não soube responder sobre a maioridade. O juiz auxiliar Rafael Henrique perguntou: – O Senhor possui filhos menores de idade? – Collor: Menores de idade… 18 anos é menor? – Juiz: Não, aí já é maior de idade. Durante a audiência, Collor manteve um sorriso no rosto e colaborou com todas as informações solicitadas pelo juiz.
Mais cedo, a defesa de Collor pediu ao STF a concessão de prisão domiciliar para o ex-presidente, que, segundo os advogados, apresenta “comorbidades graves” e idade avançada, 75 anos. Segundo a defesa, o ex-presidente tem Parkinson, apneia grave do sono e transtorno afetivo bipolar. Diante desse pedido, Moraes determinou que a direção do presídio de Maceió informe, no prazo de 24 horas, se tem “totais condições” para tratar da saúde de Collor. E encaminhou a solicitação de prisão domiciliar para análise da Procuradoria-Geral da República.
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