O secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços, Uallace Moreira, afirmou à CNN que o Brasil “não é problema para os Estados Unidos”.
Ao comentar sobre as falas do presidente norte-americano Donald Trump sobre países que “enriqueceram” com tarifas contra a nação, o secretário destacou que o Brasil tem trabalhado ativamente para demonstrar essa posição em diferentes frentes de diálogo.
“O Brasil tem déficit na balança comercial com os Estados Unidos. Contando bem e serviço, em torno de R$ 27 bilhões. Dos 10 principais produtos que o Brasil importa dos Estados Unidos, oito têm tarifa zero. A tarifa efetiva com os Estados Unidos é de 2,7%”, afirmou, repetindo as falas do vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin.
Segundo ele, a prova dessa relação entre os dois países é justamente a de que o Brasil não entrou na lista com tarifas maiores no primeiro mês.
“Então, o Brasil é um país que não é problema para os Estados Unidos. E o vice-presidente tem coordenado várias reuniões para poder dialogar e apresentar como que o Brasil é uma solução e não um problema para os Estados Unidos”, declarou o secretário.
Em entrevista à revista Time, publicada nesta sexta-feira (25), Trump defendeu a manutenção de tarifas elevadas como uma estratégia econômica bem-sucedida. Trump afirmou:
“Veja, foi isso que a China fez conosco. Eles nos cobram 100%. Se você olhar para a Índia, ela cobra entre 100% e 150%. Se você olhar para o Brasil, se olhar para muitos, muitos países, eles cobram — é assim que sobrevivem. É assim que ficaram ricos”.
O presidente americano ainda disse considerar a política de tarifas uma vitória econômica.
“Lembre-se disso: não há tarifas se eles fabricarem os produtos aqui. Isso é um sucesso tremendo. Você ainda não percebeu, mas o que está acontecendo é um enorme sucesso. Estamos arrecadando bilhões e bilhões de dólares — dinheiro que nunca havíamos arrecadado antes”, pontuou.
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Este conteúdo foi originalmente publicado em Brasil não é problema para os EUA, repete secretário do MDIC no site CNN Brasil.
