Guilherme Amado: STF dá oportunidade para governo do RJ ter marca eleitoral em 2026

Um dos pontos da decisão do Supremo Tribunal Federal na ADPF 635, conhecida como ADPF das Favelas, cria todas as condições para que o governo do Rio de Janeiro tenha um projeto de segurança pública na segurança pública capaz de gerar dividendos eleitorais em 2026.

O STF determinou que o Palácio Guanabara elabore um plano de retomada de territórios atualmente dominados pelo tráfico de drogas e pela milícia. A ordem foi a mais bem recebida pelo governo do Rio de Janeiro, que já vinha pensando em um projeto de ocupação para a eleição de 2026.

No início de 2022, ano eleitoral, o governador Cláudio Castro (PL) lançou o programa Cidade Integrada, que custou bilhões de reais aos cofres públicos do Rio de Janeiro. O programa de ocupação territorial tinha como inspiração as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), mas não teve a eficácia esperada.

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O Cidade Integrada começou sua primeira ocupação na favela do Jacarezinho, na Zona Norte. Depois, outras comunidades receberam o projeto, como a Muzema e o Cesarão, na Zona Oeste, dominadas até então pela milícia.

A cúpula da Segurança Pública do Rio de Janeiro e Castro admitem que o projeto não funcionou. O Comando Vermelho expandiu seu domínio em áreas que foram ocupadas pelo Estado, como a Muzema e Rio das Pedras.

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