Eduardo Sterblitch revela que faz terapia todos os dias: ‘Me sinto maluco’

Eduardo Sterblitch abriu o jogo sobre um dos aspectos mais íntimos da vida de alguém, durante participação no “Conversa com Bial”, da TV Globo, na madrugada desta terça-feira, 29. O ator revelou que faz terapia diariamente para lidar com as demandas do trabalho e com a sua falta de organização.

“Preciso ser disciplinado, porque sou muito desorganizado. No meu trabalho tenho hiperfoco […]. Estou fazendo terapia todos os dias, por exemplo, aluguei uma mãe, praticamente. Ela me ajuda a ter linhas mais duras do que preciso resolver naquele dia, senão me perco muito fácil”, declarou.

Desde que começou a fazer sucesso no extinto “Pânico na TV” (2003-2012), na pele do personagem Freddie Mercury Prateado, Sterblitch passou a ser admirado como humorista. Porém, foi somente com o vilão Sérgio, da série “Os Outros”, do Globoplay, que o público conheceu o talento do ator para o drama.

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Em um bate-papo descontraído, o artista falou também sobre equilíbrio emocional e a busca para entender quem ele é no mundo.

“Eu me sinto um maluco, mas sei que não sou, só pelo fato de saber que sou. A pessoa que é maluca mesmo não sabe, o que me salva é saber que sou maluco”, divertiu-se, ressaltando que não tem medo de errar.

“Sou meio niilista, considero a vida um caos mesmo, todo mundo tem sua tragédia particular, só que acho isso bom. Acredito que lidamos errado com o caos, a morte, a dor, como se fossem ruins. Como artista, meu maior anjo da guarda é o erro, lido muito bem com ele, a partir daí começa uma coisa nova”, completou.

Edu destacou ainda que o talk show “Papo de Segunda”, exibido pelo GNT, do qual participa semanalmente, é o mais complexo de todos os seus atuais trabalhos. “Agora tenho que dar opiniões interessantes sobre a sociedade e eu odeio a sociedade, respeito, mas odeio, é uma montanha-russa, que não gosto”, disse, arrancando gargalhadas de Pedro Bial.

Em cartaz em São Paulo com o musical “Uma Babá Quase Perfeita”, Eduardo conta que o filme homônimo lançado em 1993 foi um dos que ele mais assistiu na vida. “Sempre amei esse humor melancólico e ao mesmo tempo infantil. Sempre vi meu pai na babá quase perfeita. Ele se separou da minha mãe quando eu tinha três anos. Para mim, esse filme é emblemático pela questão da família”, disse.

“No filme dava certo no final: o pai conseguia ficar com os filhos, a mãe entende isso, mas na minha vida foi uma tragédia porque minha mãe odiava meu pai. Não sei até onde confundia mesmo o amor e o filme… é como se fosse um universo paralelo da minha vida. Entro em cena e sempre fico emocionado, porque é uma história que cura, você vê muita gente rindo e chorando”, encerrou.

 

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