De acordo com o relatório Open Doors 2024, o Brasil ocupa o 9º lugar no ranking dos países que mais enviam alunos para 16 universidades americanas.
O interesse é justificável, uma vez que os Estados Unidos contam com as instituições de ensino mais prestigiadas do mundo. Ingressar em uma pós-graduação em qualquer uma delas é o passaporte certeiro para uma carreira de sucesso, seja qual for a área escolhida.
A concorrência para obter bolsas de estudo, evidentemente, é enorme, mas existem algumas estratégias que podem ajudar a conquistar esse objetivo. Fundadoras da consultoria PHDNOSEUA, as brasileiras Monique Ferreira e Sara Stofela trilharam esse caminho e compartilham suas descobertas.
Confira 7 dicas:
Conheça o tipo certo de bolsa e mire nela
As especialistas explicam que muitos brasileiros perdem anos tentando bolsas do governo brasileiro, como CAPES (Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), que obrigam o retorno ao Brasil após o doutorado. A dica é buscar bolsas diretamente nas universidades americanas, que incluem isenção total da tuition (mensalidade) e salário mensal como assistente de pesquisa (RA) ou ensino (TA). “Essas bolsas são muito mais vantajosas e flexíveis”, conta Monique Ferreira.
Faça uma busca estratégica de programas que oferecem bolsa
Pesquisar é essencial, porém, isso precisa ser realizado de uma maneira estratégica. “Não adianta jogar o nome do seu curso no Google. Combine formação + palavras-chave em inglês, como PhD e Masters, e monte uma planilha com as universidades que oferecem funding [bolsa] na sua área. Essa etapa é a base de uma aplicação de sucesso”, comenta Sara Stofela.
Construa relacionamentos com professores antes da aplicação
O networking também é importante na vida acadêmica. “Uma das grandes viradas de chave para ser aceito com bolsa é entrar em contato com professores antes de aplicar. Um bom e-mail pode abrir portas e garantir que sua aplicação seja olhada com atenção especial”, sinaliza Monique.
Crie uma aplicação cinco estrelas
A apresentação de documentos específicos também é um diferencial para uma aplicação ser aceita ou não. O currículo (no modelo americano), cartas de recomendação, Statement of Purpose (Declaração de Propósito, SOP) e até mesmo o e-mail enviado são parte da “vitrine” do candidato. “A diferença entre uma aplicação aprovada com bolsa ou rejeitada está nos detalhes e na estratégia de cada documento”, avisa Sara.
Conheça e trabalhe seus pontos fracos com antecedência
Inglês ruim? Notas baixas? Pouca experiência? Isso não impede a obtenção da bolsa, mas é preciso saber como compensar estrategicamente. Fortaleça esses pontos com antecedência. Diagnóstico e correção fazem toda a diferença.
Antecipe-se ao calendário americano
Para conquistar uma bolsa, as especialistas indicam que o mês de dezembro é o melhor período para as inscrições para começar as aulas em agosto do ano seguinte. “Ou seja: quem quer ir em 2026 se candidata em dezembro de 2025. Se deixar para depois, você perde um ano inteiro”, explica Monique.
Encare o background brasileiro como uma força, não uma fraqueza
Sara comenta que as universidades americanas valorizam diversidade de origem e trajetória. Ser brasileiro, ter enfrentado desafios, vindo de universidade pública ou privada, ter trabalhado para pagar a faculdade – tudo isso pode ser transformado em diferencial competitivo. “O segredo está em saber contar sua história com estratégia, mostrando como suas vivências propiciaram resiliência, criatividade e preparo para contribuir com a comunidade acadêmica dos EUA”, finaliza.
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Este conteúdo foi originalmente publicado em Veja 7 dicas para conquistar bolsas de estudo nos Estados Unidos no site CNN Brasil.