O governo israelense revogou, nesta terça-feira (29), a decisão de destituir o diretor da agência de segurança interna Shin Bet, Ronen Bar, uma medida que foi bloqueada pela Suprema Corte e que provocou protestos multitudinários, segundo um documento judicial.
“O Governo decidiu revogar uma decisão de 20 de março de 2025” de destituir Bar, diz um documento apresentado na Suprema Corte, do qual a AFP obteve uma cópia.
A decisão do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de destituir o diretor da agência de segurança foi bloqueada pelo máximo tribunal e o caso dividiu Israel.
A oposição diz que Bar estava na mira de Netanyahu depois de criticar o governo pela falha de segurança que permitiu o ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023.
Bar rejeitou a decisão de Netanyahu de destitui-lo e afirma que o primeiro-ministro se baseou em acusações “sem fundamento” motivada por “interesses pessoais”.
O alto funcionário de segurança disse que sua destituição tem como objetivo “evitar que o Shin Bet investigue os acontecimentos que levaram ao 7 de outubro e outros assuntos graves”.
O documento judicial indica que os recursos pendentes contra a decisão de destituição “não possuem mais razão de existir”.
Segundo a imprensa israelense, o fim do procedimento judicial permite acalmar a opinião pública sobre um tema que incomoda o governo.
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