Atletismo do Brasil ganha 7 medalhas nas Paralimpíadas de Paris nesta terça (3)


Guiado pelo Guilherme, Yeltsin Jacques ganhou e bateu o recorde mundial dos 1.500m: 3:55:82. Atletismo do Brasil ganha 7 medalhas nas Paralimpíadas de Paris nesta terça (3)
Reprodução/TV Globo
O atletismo do Brasil conquistou nesta terça-feira (3) sete medalha nas Paralimpíadas de Paris.
Matheus Evangelista resumiu o dia do Brasil no atletismo:
“Olhou para o lado, sorriu, medalha para o Brasil”, disse.
A dele foi de bronze – a terceira em Paralimpíadas – no salto em distância para atletas com deficiência nos membros superiores. No lançamento de dardo para mulheres cadeirantes, prata para Rayssa Machado pela segunda edição consecutiva.
As outras cinco medalhas vieram em provas de atletas com deficiência visual. Rayane Soares foi prata nos 100 metros – a apenas dois centésimos do ouro. Ela tem baixa visão e não corre com um guia. Para os atletas cegos, os guias são colo, olhos e amigos.
“Tive o convite do Yeltsin para ser guia dele em 2015. Já me envolvi muito, e desde lá fizemos uma amizade, uma irmandade. Falo pra todo mundo, considero ele minha família”, afirmou Guilherme dos Anjos.
Guiado pelo Guilherme, Yeltsin Jacques ganhou e bateu o recorde mundial dos 1500 metros: 3:55:82.
“Eu já tinha apostado com os meninos que ia fazer 3’54, 3’53, acabei com 3’55”, destacou Yeltsin.
O bronze foi de Julio César Agripino, guiado pelo Mikael.
“Muito feliz hoje. Uma prova muito difícil. Conseguimos fechar o pódio. Uma felicidade que não dá para descrever, cara”, relatou Mikael.
Nos 100 metros para mulheres cegas, outro pódio duplo para o Brasil. Bronze para Lorena Spoladore, que corre ao lado de Ricardo.
“Entregamos o que tínhamos para entregar hoje. Saímos com o coração alegre”, afirmou Lorena.
Atletismo do Brasil ganha 7 medalhas nas Paralimpíadas de Paris nesta terça (3)
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Essa foi a quinta final paralímpica da Jerusa Geber nesta prova. Aos 42 anos, enfim, o primeiro ouro.
“São muitos anos tentando essa medalha. Demorou um pouquinho, mas saiu”, disse.
O guia da Jerusa conseguiu passar ainda mais informações para ela. Gabriel Garcia já conhecia bem essa pista dos Jogos de Paris. Ele participou do revezamento 4×100 do Brasil nas Olimpíadas.
“A primeira coisa que perguntei para ele: Gabriel, como é a pista? Ele falou, uma pista boa e veloz”.
“O guia é os olhos da atleta. Quando a gente está dentro da pista, a gente tenta ser um só. Acho que o momento é só gratidão. E quem sabe depois das Paralimpíadas, umas férias”, brincou.
Atletismo do Brasil ganha 7 medalhas nas Paralimpíadas de Paris nesta terça (3)
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O quadro de medalhas só contabiliza a conquista do atleta com deficiência, mas no atletismo para cegos ela se multiplica através dos guias.
Atletismo do Brasil ganha 7 medalhas nas Paralimpíadas de Paris nesta terça (3)
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