Agence France-Presse, no equilíbrio em 2024, continua reduzindo dívida

A Agence France-Presse (AFP) obteve um lucro inferior ao do ano anterior, de 200 mil euros (R$ 1,28 milhão), e continuou com seu processo de recuperação financeira, anunciou nesta terça-feira (29).

O conselho de administração “aprovou as contas do exercício de 2024, que confirmam a boa trajetória financeira” dos últimos sete anos, afirmou a direção em um comunicado.

O resultado líquido, positivo pelo sexto ano consecutivo, alcançou 0,2 milhão de euros, em comparação com 1,1 milhão de euros (R$ 7 milhões) em 2023.

“Apesar das dificuldades enfrentadas pelos meios de comunicação em todo o mundo”, as receitas comerciais da AFP cresceram 0,5% em relação a 2023, em taxas de câmbio comparáveis, alcançando 207,4 milhões de euros (R$ 1,33 bilhão).

A compensação por parte do Estado francês pelos custos relacionados às missões de interesse geral chegou a 118,9 milhões de euros (R$ 765 milhões), o que reflete um aumento de 5%, conforme um novo contrato de objetivos e de meios que entrou em vigor no ano passado, com duração de cinco anos.

No total, a agência registrou um volume de negócios de 326,4 milhões de euros (R$ 2,1 bilhões), um crescimento de 2,1%.

A AFP voltou a registrar lucros em 2019, pela primeira vez desde 2013.

Seu processo de redução da dívida “continua no ritmo previsto”, assegurou a direção. A dívida, que era de 50,2 milhões de euros em 2017 (R$ 323 milhões), caiu para 20,4 milhões (R$ 131,2 milhões) no final de 2024 e “deverá ser quitada em 2028”, destacou.

No início de 2025, a Meta (Facebook, Instagram, WhatsApp) decidiu encerrar seu programa de verificação de dados nos Estados Unidos, no qual a AFP participava. A agência também enfrenta o fim de um contrato com a Agência dos Estados Unidos para os Meios Globais, um órgão público americano.

Esse cenário, segundo a direção, justifica “os esforços de diversificação das receitas empreendidos pela agência com atores que não são meios de comunicação”.

A Agence France-Presse é uma das três principais agências de notícias mundiais, ao lado da The Associated Press e da Reuters.

A AFP emprega 2.600 pessoas de 100 nacionalidades e oferece informações em seis idiomas (francês, inglês, espanhol, português, alemão e árabe).

Goza de um status especial; embora não seja uma empresa pública, não possui acionistas e seus clientes, inclusive o Estado francês, fazem parte do conselho de administração.

O presidente da AFP, Fabrice Fries, foi reeleito para um segundo mandato de cinco anos, iniciado em abril de 2023.

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