A economia da França cresceu ligeiramente no primeiro trimestre, uma vez que a demanda doméstica estagnada e a fraqueza do comércio exterior foram compensados pela reconstrução dos estoques das empresas, mostraram dados preliminares da agência de estatísticas INSEE nesta quarta-feira (30).
A segunda maior economia da zona do euro cresceu 0,1% nos primeiros três meses do ano corrente, após uma leve queda de 0,1% no quarto trimestre de 2024, disse o INSEE em seu relatório trimestral do Produto Interno Bruto (PIB).
Uma pesquisa da Reuters com 29 economistas previa expansão de 0,1% do PIB no primeiro trimestre, com as estimativas variando de 0,0% a 0,3%.
A leitura marca um início fraco para o que provavelmente será um ano turbulento para a economia francesa, embora o Ministro das Finanças, Eric Lombard, tenha dito, após a divulgação dos dados, que a previsão de crescimento de 0,7% do governo ainda está ao alcance.
“As perspectivas para 2025 claramente pioraram e se tornaram mais incertas como resultado da guerra comercial do (presidente dos EUA) Donald Trump. O desejo do governo de limitar o déficit público também terá um impacto”, disse o economista Sylvain Bersinger, da consultoria Asteres.
No primeiro trimestre, os gastos do consumidor – tradicionalmente o motor do crescimento francês – ficaram inalterados em relação ao final de 2024, uma vez que as vendas de carros caíram depois que um esquema de subsídio verde foi refreado, enquanto o investimento empresarial diminuiu 0,1%, disse o INSEE.
Enquanto isso, o comércio exterior subtraiu 0,4 ponto percentual do crescimento, já que as importações cresceram 0,4% enquanto as exportações caíram 0,7%, apesar da entrega de um navio de cruzeiro.
Os estoques acrescentaram 0,5 ponto percentual ao crescimento devido, em especial, à formação de estoques por parte das empresas químicas, farmacêuticas e agroalimentares, informou o INSEE.
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