Miriam Leitão é eleita imortal da Academia Brasileira de Letras

A jornalista e escritora do grupo Globo Miriam Leitão é a mais nova imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL). O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 30, e preenche a vaga da cadeira 7 – que havia sido deixada vazia com a morte do  cineasta Cacá Diegues.

A escolha foi feita por meio de urnas eletrônicas dentro da sede da instituição no Rio de Janeiro, no edifício Petit Trianon. Concorrendo contra o ex-senador e ex-ministro da Educação Cristovam Buarque, Leitão venceu o primeiro escrutínio com 20 votos. Com sua consagração, a ABL soma cinco mulheres no corpo de imortais.

 

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Vida e carreira

Miriam Leitão nasceu em Caratinga, Minas Gerais, e contemplou diversos acontecimentos na extensão de sua obra. Começou a jornada na imprensa do Espírito Santo, e passou por Brasília e São Paulo antes de fixar-se no Rio de Janeiro.

Possui 16 livros publicados de diferente gêneros e dois Prêmios Jabuti. Ambos foram ganhados na edição de 2012 pela obra “Saga Brasileira: A longa luta de um povo por sua moeda”. A jornalista também é conhecida por transmitir temas de economia de forma acessível.

Aos 19 anos, foi presa e torturada pelo regime militar e desde então tem sido uma voz a favor da liberdade e democracia. Tanto que em 2024, ela ganhou o Troféu Juca Pato, que é concedido pela União Brasileira de Escritores (UBE) ao intelectual do ano.

Miriam também se aventurou na ficção com romance “Tempos extremos” – finalista do Prêmio São Paulo de Literatura de 2015. Também escreveu obras para crianças, se preocupando em tratar de assuntos ambientais.  Alguns exemplos de publicações infanto-juvenis são “A perigosa vida dos passarinhos pequenos” (2013), “O mistério do pau oco” (2018) e “As aventuras no tempo” (2019).

Junto com o marido Sérgio Abranches, a jornalista e ambientalista chegou a comprar e reflorestar uma fazenda em Santos Dumont, que hoje é registrada como RPPN, Reserva Particular do Patrimônio Natural – ou seja, área não pode mais ser desmatada.

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