No Dia do Trabalho, Meloni comemora recorde de empregos criados

ROMA, 1 MAI (ANSA) – Em meio aos protestos realizados na Itália por ocasião do Dia do Trabalho, a primeira-ministra do país, Giorgia Meloni, celebrou nesta quinta-feira (1º) a quantidade de empregos criados durante seu governo, principalmente entre as mulheres.   

Em uma publicação nas redes sociais, a chefe de governo italiana afirmou que o número total de pessoas empregadas atingiu um recorde histórico em dois anos e meio, com mais de 24,3 milhões de indivíduos com um trabalho.   

“O trabalho é um dos pilares em que este governo tem baseado sua ação. O emprego feminino também atingiu seu nível mais alto de todos os tempos. Ainda há muito a fazer, mas a direção é clara”, escreveu Meloni, acrescentando que o desemprego está em seu nível mais baixo em 18 anos.   

Apesar dos números apresentados pela premiê, o governo Meloni enfrenta críticas, principalmente da oposição, sobre a segurança durante o expediente. Em 2025, a Itália teve um aumento de 16% na quantidade de pessoas mortas no local de trabalho em comparação com o mesmo período de 2024.   

Em Roma, diversas associações sindicais protestaram contra a alta de mortes nos locais de trabalho. Os atos também reuniram diversos familiares de vítimas, que esticaram cartazes como “unidos por um trabalho seguro” e “a guerra mata, o trabalho também”.   

O secretário-geral da Confederação Geral Italiana do Trabalho (Cgil), Maurizio Landini, acusou o governo de “não estar fazendo o que deveria”, pois as mortes e acidentes não param de subir.   

“Estamos diante de um verdadeiro massacre que precisa ser interrompido. Não basta destinar um pouco de dinheiro, é preciso mudar as leis e o modelo de negócios”, declarou Landini durante o protesto na capital.   

Antonio Tajani, vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, garantiu que o governo investe em segurança, enquanto a ministra do Trabalho da nação, Marina Calderone, afirmou que a administração “adotou medidas importantes” em relação ao tema.   

“Certamente o governo não está começando a lidar com a segurança no trabalho agora. Nosso objetivo não foi chegar a um confronto com os sindicatos e todos os partidos sociais com um decreto fechado, mas sim disponibilizar e, portanto, encontrar outros recursos e trilhar um caminho juntos”, afirmou a ministra. (ANSA).   

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