A Defesa Civil de Gaza informou, nesta quinta-feira (1°), de pelo menos 24 mortos em bombardeios israelenses no território palestino, onde Israel bloqueia a entrada de ajuda humanitária há quase dois meses.
O Exército israelense pôs fim em 18 de março a dois meses de trégua com o Hamas e retomou sua ofensiva na Faixa de Gaza, lançada após o ataque sem precedentes do grupo islamista palestino em 7 de outubro de 2023.
Durante a noite passada, oito pessoas morreram em um bombardeio contra uma casa no campo de refugiados de Khan Yunis, no sul do território, detalhou à AFP uma autoridade da Defesa Civil, Mohammed al Mughayyir.
Outras quatro pessoas morreram em um bombardeio no bairro de Al Tuffah da Cidade de Gaza, no norte, acrescentou.
Pelo menos 12 pessoas morreram em sete ataques no território, um dos quais ocorreu na cidade de Deir al Balah, no centro, segundo a mesma fonte.
“Encontramos todas essas casas destruídas, crianças, mulheres e jovens despedaçados pelos bombardeios”, explicou Ahmed Abu Zarqa, após o ataque de Khan Yunis.
“Isso não é vida. Basta, estamos cansados, basta”, disse. “Preferimos morrer a viver assim”.
Imagens da AFP mostram palestinos buscando restos humanos entre os escombros dos edifícios destruídos.
No ataque do Hamas de 7 de outubro morreram 1.218 pessoas em solo israelense, a maioria civis, segundo uma contagem a partir de dados oficiais.
Os islamistas sequestraram 251 pessoas, das quais 58 seguem em Gaza, entre as quais 34 estão mortas, segundo o Exército israelense.
Para obrigar o Hamas a entregar os reféns, Israel bloqueia desde 2 de março a entrada de toda ajuda humanitária.
A ofensiva israelense no território palestino já matou mais de 52.400 pessoas.