A interdição do creme dental “Clean Mint”, da Colgate, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi retomada neste quarta-feira (30). A medida voltou a entrar em vigor após a própria fabricante retirar o recurso que pedia a suspensão da interdição.
A proibição da venda do creme dental, no final de março, aconteceu após um “número significativo de relatos de eventos adversos associados ao uso do produto”, de acordo com a agência.
Os efeitos adversos notificados foram:
- lesões bucais
- sensações dolorosas
- sensação de queimação/ardência
- inflamação da gengiva
- edema labial
Os sintomas impactaram “significativamente a qualidade de vida dos consumidores” e resultaram em “custos médicos” em alguns casos, de acordo com a agência.
Nas redes sociais, consumidores que usaram o creme dental relataram reações alérgicas e sintomas como aftas, dores da língua, lábio e gengiva e ardência na boca. Há relatos de machucados e feridas na boca após o uso do produto, além da dificuldade de escovar os dentes.
O objetivo da interdição evitar a exposição ao consumo e o uso de produtos irregulares ou sob suspeita. Entre as medidas que podem ser adotadas estão a apreensão, recolhimento, suspensão e proibição (de armazenamento, comercialização, distribuição, fabricação, importação, manipulação, propaganda e uso do produto).
Na época da medida, o Procon de São Paulo notificou a Colgate para esclarecer quanto às providências que a empresa está adotando em função da suspensão. O órgão pede que a empresa explique como o consumidor pode identificar os produtos interditados.
A CNN entrou em contato com a Colgate e, até o momento, não teve retorno.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Anvisa volta a proibir venda de pasta de dente da Colgate no site CNN Brasil.