Israel bombardeou uma área próxima ao palácio presidencial da Síria, em Damasco, na manhã desta sexta-feira (2), no sinal mais claro de hostilidade às autoridades sírias e de disposição para intensificar a ação militar em nome da minoria drusa no país vizinho.
O Exército israelense informou ter atingido uma área “adjacente” ao palácio de Sharaa em Damasco, sem maiores detalhes sobre o alvo. Não houve comentários imediatos das autoridades sírias, nem relatos de vítimas.
Uma autoridade síria afirmou à Reuters que o alvo estava a cerca de 100 metros a leste do perímetro do palácio.
A ação foi “uma mensagem clara ao regime sírio: não permitiremos que forças (sírias) se posicionem ao sul de Damasco nem representem qualquer ameaça à comunidade drusa”, pontuaram o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa do país, Israel Katz, em um comunicado conjunto.
O ataque ocorre após dias de confrontos na Síria entre combatentes sunitas e drusos, desencadeados por uma gravação supostamente insultando o profeta Maomé.
Os confrontos deixaram mais de 20 de mortos em cidades ao redor de Damasco e desencadearam um “ataque de alerta” inicial por Israel em uma cidade nos arredores da capital, que matou um integrante das forças de segurança sírias.
Na quinta-feira (1°), os confrontos começaram a se espalhar mais ao sul, para a província de Sweida, de maioria drusa.
Israel intensificou as operações militares na Síria desde que os rebeldes depuseram Bashar al-Assad em dezembro, com bombardeios por todo o país e uma incursão de forças terrestres no sudoeste.
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