‘Habemus papam’: Conheça cardeal responsável por anunciar papa

ROMA, 2 MAI (ANSA) – Um dos símbolos mais marcantes do processo de escolha do novo líder da Igreja, após a fumaça branca, é a tradicional frase em latim “Habemus papam”, proferida pelo cardeal protodiácono na varanda central da Basílica de São Pedro, no Vaticano, antes do pontífice eleito dar sua primeira benção “Urbi et Orbi”.   

A partir do dia 7 de maio, início do conclave, os holofotes vão se voltar para o cardeal francês Dominique Mamberti, 73 anos, atual prefeito do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica, isto é, o chefe do mais alto tribunal de direito canônico da Santa Sé, que anunciará o nome do sucessor do falecido papa Francisco.   

Nascido em Rabat, no Marrocos, o religioso cresceu em Córsega e é advogado de formação. Sua carreira tem sido principalmente a de diplomata, especialmente na África. Ao longos dos anos, ele estudou direito em Estrasburgo e Paris, depois se formou em direito canônico na Universidade Gregoriana, em Roma.   

No serviço diplomático da Santa Sé, trabalhou na Argélia, no Chile, na ONU em Nova York, no Sudão, na Somália e na Eritreia.   

Em 2006, foi chamado por Bento XVI para a Secretaria de Estado, como secretário para as Relações com os Estados.   

Nesta função, ele assinou acordos com vários Estados sobre o status legal da Igreja e sobre o ensino religioso. Em 2014, sua carreira deu uma guinada. O papa Francisco o removeu do serviço diplomático e o colocou no judiciário do Vaticano, nomeando-o Prefeito do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica. Em 2015, Mamberti foi nomeado cardeal.   

No ano passado, o francês se tornou cardeal protodiácono. Na prática, é ele quem deverá anunciar o “habemus papam” e o nome do novo pontífice do terraço de São Pedro.   

Mamberti é considerado um canonista ortodoxo. E não poderia ser de outra forma, já que ele lidera o tribunal supremo da Igreja.   

Além disso, ele é conhecido no Vaticano como um especialista em política internacional, particularmente em América Latina, Nações Unidas, África, Oriente Médio e Islã. Um prelado com habilidades diplomáticas específicas e experiência considerável em geopolítica.   

O cardeal tem uma visão do direito internacional baseada na dignidade e na natureza da humanidade, enraizada no direito natural. Também apoia a proteção da liberdade religiosa, dos direitos humanos e das liberdades fundamentais.   

Em 2013, em uma entrevista à rádio Vaticano, Mamberti apoiou a legitimidade de uma cláusula de consciência para empregadores cristãos que recusassem serviços a homossexuais e condenou o crescente secularismo. (ANSA).   

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