Exército israelense diz estar posicionado no sul da Síria para apoiar minoria drusa

O exército israelense anunciou neste sábado (3) que está posicionado no sul da Síria para proteger a minoria drusa, após uma onda de confrontos de caráter confessional nesta semana entre este grupo e as forças leais ao governo sírio.

A força israelense “está posicionada no sul da Síria e está pronta para impedir a entrada de forças hostis na área de localidades drusas”, disse um comunicado militar, sem especificar o número de soldados ou a extensão do posicionamento.

O exército acrescentou que, na madrugada de sábado, “cinco cidadãos drusos sírios foram retirados para receber cuidados médicos em Israel […] após terem sido feridos em território sírio”.

Desde quarta-feira, 15 drusos sírios foram hospitalizados em Safed, no norte de Israel, de acordo com os militares.

Segundo um oficial druso na província de Sueida, um reduto da minoria drusa no sul da Síria, “não houve nenhum destacamento de soldados israelenses” na área.

“Sua presença parece estar limitada à província de Quneitra, onde já estabeleceram posições após a queda do regime de [Bashar] Al Assad” em dezembro, disse ele à AFP.

Os drusos são uma minoria derivada do islã xiita e representam um pequeno contingente significativo no Líbano, na Síria e nas Colinas de Golã.

Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, mais de 100 pessoas, foram mortas no início desta semana perto de Damasco e no sul da Síria em confrontos entre drusos e milícias simpatizantes do novo governo sírio, de base islamista.

Israel, que diz querer proteger os drusos na Síria, bombardeou a área ao redor do palácio presidencial em Damasco na madrugada de sexta-feira como uma “mensagem” ao governo do presidente Ahmad Al Sharaa.

O governo sírio descreveu os bombardeios como uma “escalada perigosa contra as instituições do Estado e sua soberania”.

O enviado especial da ONU para a Síria, Geir Pedersen, pediu neste sábado que Israel “pare imediatamente” seus ataques ao país, descrevendo-os como “violações contínuas e crescentes da soberania” da Síria.

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