ROMA, 3 MAI (ANSA) – O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, declarou que “não pode garantir a segurança” dos líderes internacionais que participarão em Moscou, na Rússia, das celebrações dos 80 anos da vitória das tropas da União Soviética e dos demais países aliados contra os nazistas na Segunda Guerra Mundial.
As comemorações na capital russa pelo chamado “Dia da Vitória” estão marcadas para o próximo dia 9. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), estará presente ao lado da primeira-dama, Janja da Silva, do presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), e de outros ministros e parlamentares.
“Não se sabe o que a Rússia pretende fazer nessa data. Ela pode tomar várias medidas, como incêndios ou explosões, e depois nos culpar. Não pretendo fazer joguinhos, criando uma atmosfera agradável para permitir que Putin saia do isolamento”, disse o mandatário ucraniano a repórteres.
Além de Lula, os líderes de cerca de 20 nações deverão comparecer ao desfile, incluindo o presidente da China, Xi Jinping, e aliados tradicionais da Rússia: Cazaquistão, Belarus, Cuba e Venezuela.
Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança de Moscou, minimizou a declaração de Zelensky ao afirmar que foi apenas uma “provocação verbal”.
Paralelamente, a imprensa ucraniana, citando autoridades locais, acusou a Rússia de atacar a cidade de Kharkiv durante a noite. As forças de Moscou teriam usado bombas termobáricas, que criam uma onda de choque de altíssima temperatura, e deixaram pouco mais de 50 feridos, incluindo duas adolescentes. (ANSA).