VATICANO, 5 MAI (ANSA) – Por Paola Lo Mele – A experiência missionária na África, a evangelização e o compromisso com organizações solidárias são a marca registrada do cardeal espanhol Juan José Omella Omella, arcebispo metropolitano de Barcelona.
Nascido em Cretas, na arquidiocese de Zaragoza, em 1946, seu perfil é visto por muitos como alinhado ao papado de Francisco e seu nome, de fato, está circulando entre seus possíveis sucessores.
Entre os cardeais, ele é um dos que mais frequentam as redes sociais e tem um perfil no X com mais de 10 mil seguidores, onde publica conteúdo religioso.
Omella estudou no seminário de Zaragoza e nos centros de treinamento dos padres brancos em Lovaina e Jerusalém, mas também frequentou a faculdade de teologia da Universidade Católica de Lovaina.
Em 1970, tornou-se padre e, depois de vários estágios intermediários, a partir de 1990, ocupou o cargo de vigário episcopal de uma área da arquidiocese de Zaragoza por sete anos.
Missionário na África por um ano (no Zaire), em 1996, foi nomeado bispo titular de Sasabe, com o papel de auxiliar de Zaragoza. Seu grande compromisso com a solidariedade o levou a ser escolhido como conselheiro nacional da “Manos Unidas” (1999-2015), a organização beneficente da Igreja Católica na Espanha para o combate à fome.
Entre as iniciativas de seu ministério está a carta pastoral “Semeadores da Palavra, Missionários da Esperança”, datada de 2011, inspirada no 50 anos do envio dos primeiros sacerdotes diocesanos ao Burundi e dedicada ao tema da evangelização.
Em 2013, foi eleito prior honorário de Nossa Senhora de Valvanera por seu papel na peregrinação da virgem, organizada pelos diferentes municípios de La Rioja. Um ano depois, tornou-se membro da congregação para bispos e depois foi promovido a arcebispo. Nomeado cardeal pelo papa Francisco em 2017, Omella é presidente da Conferência Episcopal Espanhola desde 2020.
Em 2023, Bergoglio, ao renovar o extinto conselho de cardeais, incluiu o espanhol entre eles. Atualmente, ele também é membro do Dicastério dos Bispos.
Sua vocação também emerge plenamente em uma das últimas iniciativas ilustradas na sala de imprensa do Vaticano enquanto Francisco ainda estava vivo: quando, em fevereiro, foi apresentado o “Navio da Paz” (que navegará pelo Mar do Sul com cerca de 200 crianças a bordo até o próximo outono), Omella estava ao lado de Jean-Marc Aveline ? outro cardeal elegível ao papado.
Ambos estão envolvidos na iniciativa, muito desejada por Bergoglio, que visa fazer dos jovens “mensageiros” de uma nova convivência e comunhão entre os povos. (ANSA).