Vaticano confirma chegada de todos cardeais eleitores a Roma

VATICANO, 5 MAI (ANSA) – O Vaticano anunciou nesta segunda-feira (5) que todos os 133 cardeais eleitores que participarão do conclave, cujo início está marcado para 7 de maio, para eleger o sucessor do papa Francisco já estão em Roma.   

“Neste momento, os cardeais que participarão do conclave estão todos presentes em Roma. Talvez nem todos participem sempre de todas as congregações gerais”, afirmou o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, durante coletiva de imprensa.   

Segundo ele, na congregação geral desta manhã, 179 cardeais estiveram presentes, incluindo 132 com direito a voto. Um dos últimos religiosos a chegar na capital da Itália, ontem (4) à noite, foi o cardeal Ignatius Suharyo Hardjoatmodjo, arcebispo de Jacarta, após um voo de 18 horas.   

Durante a reunião, todos os presentes discutiram o direito canônico e o papel do Estado da Cidade do Vaticano, a natureza missionária da Igreja, a função da Caritas na defesa dos pobres, além da presença de muitos jornalistas, o que diz muito sobre o quanto o Evangelho faz sentido para o mundo de hoje e como isso é também um chamado à responsabilidade.   

A oração do papa Francisco durante a pandemia de Covid, em uma Praça São Pedro vazia, foi lembrada como uma porta aberta de esperança em meio ao medo. Também se falou sobre a figura do próximo Papa, principalmente porque muitos esperam um pontífice presente e próximo, como porta de comunhão e unidade em um mundo onde a ordem global está em crise, ou seja, um pastor próximo dos homens.   

Ainda foram mencionados o desafio de transmitir a fé, o desafio de cuidar da criação e o desafio da guerra em um mundo fragmentado, além da preocupação sobre as divisões na Igreja, portanto sobre as vocações, a família e a educação dos filhos.   

O cardeal decano Giovanni Battista Re informou também que, no último sábado (3), o camerlengo Kevin Farrell realizou o sorteio dos quartos na Casa Santa Marta e no prédio adjacente para os prelados que participarão do processo de escolha do novo pontífice.   

A partir de amanhã (6), os cardeais poderão entrar no “hotel” onde Francisco morou durante seus 12 anos de pontificado ao abrir mão do Palácio Apostólico.   

Além disso, os cardeais poderão acessar a Capela Sistina de micro-ônibus ou a pé, e “forças de segurança estarão presentes ao longo do trajeto”, explicou o porta-voz do Vaticano, que também disse que outras áreas do palácio papal próximas à capela onde estão os afrescos de Michelangelo, como a Sala Regia ou a Capela Paolina, serão isoladas. (ANSA).   

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