A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, alertou para os riscos à economia global diante do aumento das tensões comerciais.
“Os EUA enfrentarão inflação, e a China, deflação, devido às tarifas”, afirmou, ao destacar que o mundo caminha para “um novo equilíbrio comercial, mas haverá turbulência”.
As declarações foram feitas nesta segunda-feira (5), durante participação na Milken Institute Global Conference.
Ao comentar o impacto das medidas protecionistas, Georgieva elogiou o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, por auxiliar a “acalmar a ansiedade em relação às tarifas”.
Ainda assim, ela advertiu que a escalada de restrições pode pressionar os preços em economias desenvolvidas e agravar os desafios da China — país que vem sendo criticado pelo FMI.
“Temos sido duros com a China”, disse, reforçando a necessidade de reformas estruturais.
Georgieva voltou a demonstrar preocupação com a economia chinesa, defendendo mudanças no modelo de crescimento do país.
“Temos sido vocal sobre a necessidade da China resolver sua crise imobiliária e mudar das exportações para o consumo”, afirmou. Ela também cobrou reformas setoriais.
“A China precisa abraçar os serviços e retirar o Estado de áreas onde ele não pertence.”
Apesar dos desafios, a diretora do FMI destacou a resiliência da economia global. “A economia mundial tem mostrado resistência a choques frequentes.”
Ainda assim, o processo de reequilíbrio comercial, segundo ela, será complicado.
“Haverá turbulência”, concluiu, sem detalhar prazos ou medidas específicas.
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Este conteúdo foi originalmente publicado em FMI alerta para turbulência global com tarifas e cobra reformas da China no site CNN Brasil.