Na manhã de terça-feira, 6 de maio, a Polícia Federal realizou a prisão de três indivíduos suspeitos de envolvimento em um esquema de fraudes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Minas Gerais. A operação, que ficou conhecida como Egrégora, desmantelou uma suposta prática criminosa que perdurou por quase duas décadas, resultando em um prejuízo estimado em mais de R$ 11,5 milhões. Além das prisões, foram cumpridos mandados de busca em oito locais diferentes. Os suspeitos são acusados de falsificar documentos para criar identidades fictícias, permitindo que pessoas não existentes recebessem benefícios assistenciais. Entre os envolvidos, foram identificados idosos que se passavam por beneficiários, contribuindo para a perpetuação do esquema fraudulento. A operação teve a colaboração do Ministério da Previdência Social e revelou que a maioria das fraudes estava relacionada ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). Este benefício é destinado a pessoas com deficiência ou a idosos com mais de 65 anos que não possuem condições financeiras para se sustentar.
Essa ação da Polícia Federal segue a Operação Sem Desconto, que anteriormente expôs um esquema de descontos indevidos em benefícios previdenciários. Como resultado, houve a exoneração do presidente do INSS e o afastamento de outros dirigentes envolvidos. O INSS, por sua vez, decidiu suspender acordos com associações e sindicatos para evitar a continuidade de descontos automáticos.

Em resposta a essas fraudes, a Advocacia-Geral da União (AGU) formou um grupo especial com o objetivo de recuperar os prejuízos causados e implementar medidas de combate a fraudes. Até o momento, mais de R$ 1 bilhão em bens pertencentes aos investigados já foram bloqueados judicialmente, demonstrando a seriedade das ações contra a corrupção no sistema previdenciário.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Dias