Operação da Polícia Civil da Paraíba tenta desarticular maior quadrilha de roubo de carga de cigarro do NE


Trabalhos acontecem na Paraíba e também nos estados de Tocantins, Maranhão, Pará, Piauí e Ceará. Mapeamento fala em 100 ações criminosas nos últimos cinco anos. Operação Nicotina foi iniciada nesta terça-feira em seis estados brasileiros diferentes
Polícia Civil da Paraíba/Divulgação
Foram cumpridos na manhã desta terça-feira (10) um total de 11 mandados de prisão temporária e cinco mandados de busca e apreensão contra uma organização criminosa suspeita de uma série de crimes envolvendo roubo de carga de cigarros, que eram interceptadas e depois comercializadas ilegalmente. De acordo com a Polícia Civil da Paraíba, que é responsável pelas investigações, trata-se da maior organização criminosa especializada em roubo a carga de cigarro do Nordeste, sendo responsáveis por crimes que representam um prejuízo de R$ 15 milhões.
Ainda de acordo com os investigadores, existem evidências de que nos últimos cinco anos mais de 100 eventos criminosos foram cometidos pela quadrilha em pelo menos seis estados brasileiros. Além da Paraíba, foram identificadas atuações criminosas nos estados de Tocantins, Maranhão, Pará, Piauí e Ceará. As polícias civis desses estados colaboraram com as ações e a Polícia Rodoviária Federal também deu apoio. A operação foi batizada de Nicotina e aconteceu depois de seis meses de investigação.
As investigações foram iniciadas pela Delegacioa de Roubos e Furtos de Veículos e Cargas de João Pessoa em 6 de fevereiro de 2024, quando 10 pessoas participaram de uma ação criminosa iniciada em Gurinhém e finalizada em Pedras de Fogo (ambos municípios paraibanos), quando houve a interceptação e o roubo de uma carga de cigarro. Foi a partir desse trabalho que se descobriu que esse crime estava interligado com outros que aconteciam em outros estados.
Quadrilha seria responsável por prejuízos na ordem de R$ 15 milhões
Polícia Civil da Paraíba/Divulgação
Dentre as prisões, oito são de suspeitos do Maranhão e três do Ceará. A suspeita é que a quadrilha é originalmente do Maranhão, com diversos membros residentes nos estados do Pará e do Tocantins. Mandados de busca também foram realizadas na Paraíba.
A ação contou com a participação de 60 policiais e o alvo principal era um suspeito identificado como Neto de Divinópolis, que reside num povoado conhecido por Remanso, próximo à cidade de Grajaú, no Maranhão. Um irmão e dois filhos desse homem também estariam entre os alvos.
Justamente porque é o estado com o maior número de alvos, inclusive, a operação no Maranhão conta também com o apoio da Polícia Militar do Maranhão e de um helicóptero.
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