O Ministério das Relações Exteriores do Paquistão informou ter convocado o encarregado de negócios indiano em Islamabad – o chefe da missão diplomática da Índia no país – para protestar formalmente contra os ataques desta quarta-feira (7).
“Foi comunicado que o ato flagrante de agressão da Índia constitui uma clara violação da soberania do Paquistão. Tais ações violam a Carta da ONU, o direito internacional e as normas estabelecidas que regem as relações interestatais”, afirmou o ministério.
“O Paquistão rejeitou firmemente as justificativas infundadas da Índia para sua conduta hostil”, acrescentou.
A pasta classificou os ataques como “não provocados”, afirmando que mataram vários civis, incluindo mulheres e crianças, e alertou que a ação militar da Índia representa uma “séria ameaça” à paz na região.
O líder da missão diplomática da Índia no Paquistão costumava ser o alto comissário, mas os confrontos em 2019 entre os dois países os levaram a rebaixar os laços diplomáticos entre si e a remover o alto comissário, deixando o encarregado de negócios no lugar.
Entenda o conflito entre Índia e Paquistão
A Índia lançou a “Operação Sindoor” nesta quarta-feira (7) — noite de terça-feira (6), no horário de Brasília — e atingiu “infraestrutura terrorista” tanto no Paquistão quanto na região da Caxemira administrada pelo Paquistão.
Essa é uma grande escalada, que leva as duas nações vizinhas, que possuem armas nucleares, à beira de uma guerra total.
O Paquistão diz ter abatido cinco jatos da Força Aérea Indiana e um drone. A Índia não confirmou essas perdas. Fontes paquistanesas disseram que três dos cinco aviões abatidos eram caças Rafale — ativos valiosos da Força Aérea Indiana adquiridos de um fabricante francês.
A ofensiva indiana ocorre após homens armados matarem 26 pessoas, a maioria turistas, na Caxemira controlada pela Índia em abril. A Índia acusou o Paquistão de envolvimento, algo que o governo paquistanês nega.
A Índia, de maioria hindu, e o Paquistão, de maioria muçulmana, controlam partes da Caxemira, mas a reivindicam integralmente e já travaram três guerras pelo território.
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