Criptomoedas: bitcoin supera US$ 100 mil pela 1ª vez em 3 meses; ethereum salta 13% após acordo

O bitcoin ultrapassou a marca de US$ 100 mil pela primeira vez em três meses, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar o primeiro acordo comercial desde sua declaração sobre tarifas no “Dia da Libertação”.

Por volta das 15h32 (horário de Brasília), o bitcoin avançava 5,00%, cotado a US$ 101.377,36. O ethereum avançava 13,7%, negociado a US$ 2.059,73, segundo dados da Binance. O destaque ficou com a EOS, que entre os dias 6 e 8 de maio acumulou valorização de 30,27%, atingindo a máxima de US$ 0,86, segundo Ana de Mattos, analista da Ripio.

Embora o anúncio de Trump tenha sido vago em detalhes, o secretário de Comércio, Howard Lutnick, afirmou que o acordo prevê o aumento das importações de produtos agrícolas dos EUA, como etanol, carne bovina e máquinas. O presidente americano também sinalizou disposição em aliviar tarifas contra a China, movimento que impulsionou o mercado de criptoativos.

“A clareza em torno das tarifas, seja por meio de acordos comerciais ou de uma desescalada com a China, parece ser exatamente o que o bitcoin precisava”, avaliou Mackenzie Tatananni, da Barrons.com. “Resta saber se a criptomoeda pode subir ainda mais.”

Além do impulso geopolítico, os ETFs de bitcoin à vista receberam US$ 5,3 bilhões em aportes nas últimas três semanas, segundo Geoff Kendrick, do Standard Chartered. Ele também destacou que a empresa Strategy ampliou suas compras e sinalizou planos para novas aquisições.

“Um dado que chamou atenção foi a entrada do Banco Nacional da Suíça, que começou a comprar ações da empresa”, disse Kendrick. “Além disso, o fundo soberano de Abu Dhabi provavelmente aumentou sua exposição à criptomoeda.”

Ana de Mattos projeta que o bitcoin seguirá em alta até a resistência de longo prazo, na faixa dos US$ 105.140, o que pode ser seguido por uma correção técnica. Já o Standard Chartered mantém sua estimativa de que a criptomoeda alcance US$ 120 mil até o segundo trimestre.

*Com informações da Dow Jones Newswires

Adicionar aos favoritos o Link permanente.