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Não existe justiça climática sem a participação dos povos indígenas e da periferia. A avaliação é da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, que participou nesta quinta-feira (8) de palestra da 5ª Conferência Nacional de Meio Ambiente, em Brasília.
Segundo a ministra, essas comunidades são as que mais sofrem e pagam um preço alto por causa das mudanças climáticas, pois vivem em situação de maior vulnerabilidade.
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“Os povos indígenas são os que mais preservam, os que têm um estilo de vida mais adequado e resiliente com a proteção da natureza. As comunidades periféricas precisam ter igualdade de oportunidade, mas a gente precisa compreender que também nas comunidades periféricas existem muitas soluções baseadas na natureza.”
Para alcançar a justiça climática, a demarcação de terras indígenas é considerada fundamental pela secretária Nacional de Gestão Ambiental e Territorial Indígena do Ministério dos Povos Indígenas, Ceiça Pitaguary.
“O aumento da temperatura global, combinado com a perda da biodiversidade, restringe suas opções de adaptação e intensifica as ameaças às línguas, aos sistemas de conhecimento e aos nossos modos de vida. Os povos indígenas desempenham um papel central na conservação das florestas ao cuidarem de 80% de toda a biodiversidade do planeta.”
Já Cristiane Julião, liderança do povo Pankararu, afirma que é preciso consultar e garantir a participação dos povos indígenas na transição energética, já que são os guardiões dos sete biomas.
“Dar condições para proteger a biodiversidade, fomentar a bioeconomia, garantir a soberania, segurança alimentar e nutricional, enfrentar desafios, eliminar o racismo ambiental e estrutural, rechaçar todas as formas de violência e criminalização dos nossos povos que defendem o meio ambiente, criar mecanismos de proteção e salvaguarda, não só das nossas ciências ancestrais.”
A diretora de Territórios da Perifa Sustentável, Gabriela Santos, conta que as favelas urbanas vão resistir e propor outras possibilidades, um redesenho justo e participativo.
“A questão do meio ambiente nas periferias urbanas, principalmente de São Paulo, é nova pauta. Isso porque estávamos lutando por sobrevivência. Não assimilávamos que a sobrevivência era também a natureza. Fomos aprender há pouco tempo que, sem preservar o nosso verde, das nossas periferias, com a nossa voz, não teríamos um futuro. Ninguém sonha em perder a casa numa enchente ou viver sem dignidade.”
A Conferência Nacional de Meio Ambiente termina nesta sexta-feira (9). Ao final, serão escolhidas 100 propostas que serão usadas como base para políticas públicas ambientais e mudança do clima.

Meio Ambiente Ministra participou da 5ª Conferência Nacional de Meio Ambiente Brasília Começa hoje em Brasília a 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente Mobilização social é fundamental para políticas ambientais, diz Marina 08/05/2025 – 16:42 Fábio Cerqueira / Raíssa Saraiva Renato Ribeiro – Repórter da Rádio Nacional 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente Povos Indígenas Justiça Climática quinta-feira, 8 Maio, 2025 – 16:42 3:07