Na lista de 30 jogadoras inscritas pelo técnico José Roberto Guimarães para a disputa da Liga das Nações de Vôlei a partir de junho, a ponteira e capitã Gabi quer um tempo ausente das quadras após longa e desgastante temporada com o Conegliano, da Itália, finalizada no domingo. Sem esconder sua euforia por voltar a defender o País em um novo ciclo olímpico, a experiente jogadora admite que precisa, antes, de “um tempinho para descansar a cabeça.”
Em sua primeira temporada no voleibol italiano, Gabi não tem do que reclamar. Foi eleita a MVP das finais do campeonato local e apontada como a melhor ponteira da Liga dos Campeões. Sua performance rendeu todos os títulos disputados: Supercopa Italiana, Copa Itália, Campeonato Italiano, Mundial de Clubes e Liga dos Campeões da Europa.
De volta ao País, a ponteira não deve participar dos treinos preparatórios dos próximos dias. Zé Roberto convocou Jheovana, Kisy e Tainara (opostas); Macris e Roberta (levantadoras); Ana Cristina, Helena e Julia Bergmann (ponteiras); Diana, Julia Kudiess, Lorena e Luzia (centrais); e Kika e Laís (líberos) para as atividades. Gabi deve ser uma das principais estrelas da renovada equipe nacional, mas com apresentação ainda em data indefinida por pausa para “férias.”
“São dez anos seguidos entre clubes e seleção, então 2025 sendo um ano pós olímpico, início de um novo ciclo, mas entendo que seja o momento de ter uma pausa pra conseguir realmente descansar, desligar a cabeça e recarregar o corpo”, afirma a atleta. “Estar na seleção, é estar 200% disponível, então vai ser fundamental esse descanso pra poder me apresentar com 100% da minha capacidade”, diz.
Apesar de reconhecer a necessidade de uma parada, ela garante que não deixará suas responsabilidades físicas de lado. “Eu não deixo nunca de me cuidar, de malhar, me alimentar bem, dormir, então isso seguirá normalmente, mas com um tempinho pra descansar a cabeça”, destaca.
Gabi não esconde a alegria por novamente estar entre as escolhidas para defender o Brasil e avalia a nova fase da seleção verde e amarela. “Estou muito animada para esse recomeço com a seleção. Como todo início, exige paciência, calma e muito trabalho”, prega. “Vai ter uma renovação natural, como todo ciclo, então a gente vai ter que aprender junto e descobrir os caminhos. Mas acho que o principal é a paciência. Claro que a gente sempre quer vencer, mas alguns processos levam tempo.”