Líderes de França, Alemanha, Reino Unido e Polônia viajam juntos a Kiev

Os líderes da França, Alemanha, Reino Unido e Polônia farão no sábado (10) uma visita conjunta e inédita a Kiev para se reunirem com o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, e instar a Rússia a aceitar uma trégua, informou um comunicado conjunto.

É a primeira vez que o presidente francês, Emmanuel Macron; o chanceler alemão, Friedrich Merz; o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer; e seu homólogo polonês, Donald Tusk, viajam juntos à capital da Ucrânia, invadida pela Rússia em fevereiro de 2022.

Essa demonstração de unidade europeia, de enorme valor simbólico, ocorre um dia após o presidente russo, Vladimir Putin, exibir sua força e influência com um colossal desfile militar na Praça Vermelha de Moscou, por ocasião do 80º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial.

Os líderes europeus expressarão seu apoio “inabalável” à Ucrânia e, seguindo os passos dos Estados Unidos, exigirão da Rússia um cessar-fogo “total e incondicional de 30 dias”, indicou o comunicado.

“Continuaremos aumentando nosso apoio à Ucrânia. Intensificaremos a pressão sobre a máquina de guerra da Rússia” até que Moscou “aceite um cessar-fogo duradouro”, afirmaram, segundo o texto.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, instou na quinta-feira a Rússia a aceitar um “cessar-fogo incondicional de 30 dias” e ameaçou impor novas sanções ocidentais caso isso não aconteça.

O momento escolhido para a visita a Kiev chama atenção.

A viagem ocorre um dia após Putin receber em Moscou os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e da China, Xi Jinping, bem como o primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, cujo país é membro da União Europeia.

Um funcionário da presidência francesa que pediu anonimato reconheceu, sobre a escolha de viajar em 10 de maio, que havia “toda uma série de símbolos”.

“O fato de os mandatários da França, Alemanha, Reino Unido e Polônia se reunirem quatro dias após a eleição [pelo Parlamento] do chefe de governo alemão demonstra a unidade, a força e a capacidade de reação da Europa”, destacou.

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