VATICANO, 10 MAI (ANSA) – O governo iraniano felicitou neste sábado (10) o norte-americano Robert Francis Prevost por sua eleição como papa Leão XIV e reforçou que o país quer “fortalecer as relações com a Igreja Católica.
A declaração foi dada por Seyed Abbas Araghchi, Ministro das Relações Exteriores da República Islâmica do Irã, em uma carta enviada ao novo Papa.
“Desejo expressar meus mais sinceros parabéns por sua eleição como o 267º Pontífice da Igreja Católica e líder espiritual dos fiéis em todo o mundo”, diz a mensagem, intitulada “Em nome de Deus”, dirigida “A Sua Santidade o papa Leão XIV, Sumo Pontífice da Igreja Católica”.
O chanceler destacou que “a República Islâmica do Irã, em linha com sua abordagem fundamental baseada na promoção da ética e na defesa dos direitos humanos e da dignidade humana no mundo por meio do ensino religioso, continuará – como no passado – a se comprometer a fortalecer as relações com o Vaticano”.
Segundo o político iraniano, seu país “não poupará esforços para encorajar o diálogo inter-religioso, promover a paz e a segurança globais e combater a violência, a opressão, a injustiça e a arrogância”.
“Estamos prontos para qualquer forma de discussão, sinergia e cooperação com o Vaticano nessas áreas”, garantiu Araghchi.
Para o governo iraniano, “em um momento em que o universo é atormentado como nunca antes pela injustiça e falta de compaixão, pobreza e desigualdade, guerra e derramamento de sangue, a atenção global dada à sua eleição é um sinal de esperança e uma expectativa coletiva por um papel renovado da religião e dos valores religiosos na proteção dos mais altos ideais de humanidade e moralidade, e no combate à dominação dos vícios morais sobre a sociedade humana”.
Por fim, Araghchi apelou para todos rezarem pela paz da alma do papa Francisco, falecido no dia 21 de abril, e ressaltou que o Irã confia “firmemente” que a eleição de Leão XIV como chefe da Igreja Católica oferecerá uma oportunidade preciosa para a promoção da espiritualidade, da justiça, da ética e da dignidade humana, bem como para o aumento da tolerância entre religiões, povos e nações, e para a proteção da paz e da serenidade”.
Em fevereiro deste ano, o Irã já havia dito estar de “braços abertos” para receber o Francisco em uma eventual visita a Teerã e chegou a propor uma conferência de paz com todos os líderes religiosos do mundo, na tentativa de “evitar muitas guerras no futuro”. (ANSA).